15/08/2022 às 17h29min - Atualizada em 15/08/2022 às 20h00min
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Escapes eventuais de urina afetam público feminino cada vez mais jovem: confira orientações para combater e evitar o problema
SALA DA NOTÍCIA Maria Luiza Piccoli
Freepik Espirrar forte, rir demais, pular, levantar muito peso ou exagerar nos exercícios de impacto. Para 10 milhões de brasileiros (Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia) essas atividades trazem um pequeno inconveniente que, a longo prazo pode prejudicar de forma significativa a qualidade de vida: a incontinência urinária. Se você acha que esse é um problema exclusivo dos idosos, está muito enganado! Boa parte de população que sofre com o problema está na casa dos 18 aos 50 anos.
Segundo pesquisa do IPEC (Inteligência e Pesquisa e Consultoria) feita em 2021, com duas mil pessoas em todo o país, as mulheres são as mais afetadas, representando 68% dos afetados — 20% contam que o problema começou durante ou após a gravidez, 15% após ou durante a menopausa e 15% na terceira idade.
Segundo a fisioterapeuta em saúde da mulher, Flaviana Meyer, um dos motivos pelos quais os casos de incontinência urinária entre mulheres mais jovens estarem tornado-se evidentes nos consultórios, é justamente pelo fato das gerações mais jovens lidarem com a questão de forma mais aberta, sem "tabus". "As gerações mais velhas, acima dos cinquenta anos, ainda enxergam a situação como motivo de vergonha e procuram soluções paliativas para resolver o problema sem conversar com um profissional", explica.
Com isso, a procura por soluções para minimizar o desconforto e constrangimentos devido à leve perda urinária vem aumentando significativamente e tal fator, já traz reflexos no mercado. Segundo Renata Maciel, gerente de marketing e trade da Mili, indústria do segmento de higiene pessoal, as fraldas para adultos foram os produtos mais procurados entre todos os oferecidos pela empresa em 2022. "Comparando os seis primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2021, o que observamos foi um aumento de 119% na compra de fraldas geriátricas da marca o que é um indicador importante de que a incontinência urinária vem afetando parcela cada vez maior da população", afirma.
Como identificar o problema? Flaviana explica que qualquer perda de urina involuntária ao espirrar, tossir ou fazer qualquer esforço físico merece atenção. "Outro sinal de alerta é não conseguir chegar a tempo ao banheiro", explica.
"Vale lembrar que o diagnóstico pode ser dado tanto por um fisioterapeuta ou urologista. O importante é procurar suporte médico assim que os primeiros sintomas de incontinência urinária aparecem", recomenda Flaviana.
Ainda segundo a fisioterapeuta, é fundamental manter a atenção sobre a saúde da pélvis, antes mesmo do problema aparecer. "Para isso, exercícios de fortalecimento - como agachamentos, contrações musculares e pranchas abdominais - devidamente orientados por um profissional, podem ajudar a evitar problemas futuros", finaliza.
Da Assessoria de Comunicação da Mili