16/08/2022 às 11h34min - Atualizada em 16/08/2022 às 11h34min

Narcotraficante líder de facção e envolvido em morte de policial federal é preso em SC

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Mais uma operação da Polícia Federal no Litoral Norte de Santa Catarina visa desarticular a atuação de um narcotraficante nos Estados do Sul do Brasil e em São Paulo, além de coibir crimes de lavagem de dinheiro praticados por integrantes de facções criminosas.

Foram cumpridos na manhã desta terça-feira (16), um mandado de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão em Itapema e Tijucas. A Operação Legado contou com o apoio da Polícia Militar para cumprir o mandado de prisão preventiva contra este narcotraficante que estava em liberdade desde dezembro de 2021.

A liberdade, a princípio equivocada, ocorreu depois do investigado cumprir a pena decorrente de uma condenação definitiva por ser líder de uma organização criminosa focada no tráfico internacional de drogas. Ele foi preso em flagrante durante a abordagem a uma aeronave que transportava cocaína para o interior de São Paulo.

O narcotraficante também cumpria pena por envolvimento no homicídio do policial federal Fábio Ricardo Paiva Luciano, que ocorreu em Bocaina (SP) em 2013, sendo que logo após sair indevidamente em liberdade o criminoso passou a executar atos de lavagem dinheiro, como a aquisição de imóveis, inclusive utilizando uma empresa por si constituída em 2014, ano de sua prisão, para administração de bens.

De acordo com relatório da Polícia Federal, a liberdade do narcotraficante foi um equívoco, já que a Justiça desconsiderou outro mandado de prisão expedido contra ele, o qual foi cumprido nesta terça-feira (16) no Litoral Norte catarinense.

O alvo principal foi preso na rua 406 em Itapema onde fica um sítio. Foram realizados buscas em galpões na rua Noemi Avelino Azevedo em Tijucas e ainda foram realizados buscas nas ruas 301, 283, bairro Meia Praia, em Itapema em apartamentos de alto padrão.

Os mandados de busca e outras medidas deferidas judicialmente, como quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico, visam exatamente a busca de mais provas dos crimes de lavagem de dinheiro e também da possível manutenção da atuação do preso como líder de organização criminosa focada no tráfico de drogas.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.

O nome da operação é decorrente do fato do envolvimento do narcotraficante na morte de policial federal que atuou na investigação que levou a sua prisão e condenação, que motiva o mandado de prisão em aberto contra o preso e cujas investigações para o cumprimento levaram à descoberta do crime de lavagem de dinheiro e da possível ininterrupta atuação no tráfico de drogas.

Mesmo durante o período em que permaneceu encarcerado, o narcotraficante atuava na liderança da organização criminosa. Durante a operação foram localizadas três armas de fogo, documentos e veículos. A operação contou com equipes do 31° Batalhão e do 12° Batalhão e envolveu cerca de 30 policiais.

 


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