17/08/2022 às 15h20min - Atualizada em 18/08/2022 às 00h01min

Com 21% da população sem acesso a serviços bancários, cresce parcelamento de comida no cartão private label

Movimento inflacionário na economia do Brasil faz efeito ampulheta ficar mais evidente

SALA DA NOTÍCIA Victor Hugo Felix

Em meio à revolução financeira provocada pelo PIX e pelas novidades financeiras como o open banking, 34 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a serviços bancários — é o que mostra a última pesquisa do Instituto Locomotiva. Este número equivale a 21% da população brasileira, que mesmo movimentando R$ 173 bilhões por ano, permanece longe dos bancos, de acordo com o estudo. Tal valor representa 4% da renda que circula no mercado. 

“Muitas dessas pessoas ainda têm receio de procurar uma instituição bancária devido à ideia de que os bancos não são uma alternativa possível para quem tem pouco dinheiro ou comprovação de renda por meio de holerite”, diz Tharik Camocardi de Moura, diretor estratégico da DM, Inclusion Tech que está situada em São José dos Campos. A Companhia tem como visão simplificar e democratizar o acesso ao crédito. Em duas décadas de experiência promovendo o varejo por meio da criação de produtos financeiros que viabilizam a concessão de recursos para um público amplo, a empresa, que nasceu com uma administradora de cartões de crédito private label, pode ser considerada uma plataforma de serviços financeiros inclusivos.

Dívidas e inadimplência

“Nossos principais parceiros são os supermercados, onde o consumidor final faz suas compras usando o cartão de crédito private label que oferecemos aos varejistas. Dessa maneira, nós ajudamos a colocar comida na mesa de quem não consegue um cartão nos bancos”, diz Tharik. Com a inflação em dois dígitos e sem perspectiva de baixar, o setor de supermercados tem visto um aumento no uso do crédito e do parcelamento no cartão. "Quem tinha alguma renda para fazer essas compras no débito ou em dinheiro está perdendo poder de compra. Mesmo quem tem algum dinheiro sobrando, opta pelo crédito, para deixar o valor para possíveis emergências", afirma Moura.

Ainda de acordo com a pesquisa, houve uma alta de 24,6% no preço médio por unidade em produtos de consumo (alimentos, bebidas e itens de higiene e limpeza). “Nesse consumo onde o mais caro e o mais barato crescem, a parcela populacional menos favorecida começa a cortar itens básicos da sua mesa. Nesse caso, o parcelamento no cartão do varejista acaba sendo a única forma de continuar alimentando toda a família”, diz Tharik. 

Mesmo com as dificuldades financeiras encaradas por grande parte da população, a DM percebeu que a inadimplência passou a ser menor com o parcelamento. "Pessoas com renda mais restrita tendem a não fazer apenas a conta de quanto custa o produto todo, mas também, se a parcela vai caber no bolso. Outro ponto importante é que ela precisa se alimentar, e sabe que para isso precisa usar o cartão de crédito, então procura ao máximo pagar sua fatura para não ter problemas no mês seguinte”, afirma o diretor estratégico.

Sobre a DM

Empresa de produtos financeiros que nasceu há 20 anos para simplificar e democratizar o acesso ao crédito. Seguindo esse propósito, a Inclusion Tech DM atua em duas frentes: para os parceiros varejistas oferece o cartão de crédito próprio (private label) com potencial de incrementar as vendas; e para o consumidor final disponibiliza, além do cartão de loja, cartão de crédito bandeirado, empréstimo pessoal, conta digital e aplicativo para gerenciar todos os produtos. 


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