24/10/2022 às 16h00min - Atualizada em 25/10/2022 às 00h02min

O mau uso da voz traz sérias consequências, alerta especialista

SALA DA NOTÍCIA SANTA CASA DE MAUÁ
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Profissionais que usam a voz como instrumento de trabalho ou fazem mau uso dela correm o risco de ter o problema de disfonia. De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Resende, do hospital Santa Casa de Mauá, a emissão da voz ocorre a partir da vibração das pregas vocais e é importante entender que a disfonia e rouquidão são sintomas diferentes, enquanto um caracteriza-se pela dificuldade da emissão da voz, o outro é uma condição disfônica. 

A disfonia possui diferentes níveis de intensidade e vai de leve a extremo, que pode causar perda parcial ou total da voz. Também possui características específicas: funcional - sem alterações nas pregas vocais ocasionadas pelo mau uso da voz; orgânico - funcional não tratada, que geralmente é acompanhada por lesões nas cordas vocais - e a orgânico-funcional, que são os casos anteriores não tratados e que já estão em estágios avançados e acompanhados de nódulos na região da garganta.

No entanto, não são apenas o mau uso e os maus hábitos que levam à disfonia ou rouquidão. Outras causas são as infecções virais das vias aéreas superiores, problemas na laringe e o refluxo gastroesofágico e, entre as principais alterações estão o nódulo vocal, pólipos, cistos e Edema de Reinke. Embora os tumores ou câncer de garganta sejam causas menos comuns da disfonia, é importante investigar, principalmente quando há tabagismo e alcoolismo envolvidos. 

Além da rouquidão, outros sintomas também são comuns, como a falta de ar, dor e esforço para emissão da voz, dificuldade para mantê-la e até engasgos. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e outros específicos, como nasofibrolaringoscopia ou telescopia de laringe. Se os sintomas durarem mais de 15 dias é muito importante buscar ajuda médica e jamais se automedicar.

“Os profissionais que trabalham com a voz, como professores, locutores, radialistas, oradores, entre outros, devem buscar tratamentos preventivos a fim de evitar a disfonia. Seu tratamento é realizado de acordo com o tipo e fator desencadeante, mas no geral é recomendada a mudança de hábitos, como evitar o tabagismo e o álcool, fazer repouso vocal, fonoterapia, medicamentos e, até cirurgias”, orienta o médico Thiago Resende.

O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.  https://santacasamaua.org.br/ 
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