25/10/2022 às 17h37min - Atualizada em 27/10/2022 às 00h02min

Plataforma Hubb da Special Saúde, ajuda operadoras a reduzir custos do atendimento domiciliar no país

O uso de big data está reduzindo os custos das operadoras de saúde na gestão do tratamento dos pacientes em domicílio. O agente central dessa transformação digital é a plataforma Hubb, que gerencia em tempo real as informações dos pacientes fora do meio hospitalar.

SALA DA NOTÍCIA Raphaela Candido
Hubb é a solução digital proprietária da Special Saúde, empresa especializada no atendimento domiciliar de média e alta complexidade, que organiza os dados dos pacientes e contribui para a redução de custos de mais de 60 operadoras de saúde de todos os portes e de diversas partes do país, como Sul América, Unimed Rio e Assefaz.

“O atendimento domiciliar é um processo de alto custo. Mesmo assim, as operadoras de saúde não têm nenhum acompanhamento de dados dos pacientes após a saída do hospital. É uma administração cega, que custa muito para elas, não necessariamente cumpre o seu papel para os pacientes e sufoca a gestão da saúde”, explica o dr. Thiago Aitken, fundador da Special Saúde.

A Special Saúde atua em duas frentes. Ela atende os pacientes que saem dos hospitais para o domicílio já com prescrição de medicamentos ou pode orientar a prescrição de maneira assertiva. Nesse ponto, há o primeiro benefício para as operadoras, pois a Special envia um especialista para fazer o raio-x completo das necessidades de acordo com o perfil de cada paciente (análise de peso, massa corporal, rotinas do tratamento, eventuais restrições e outros itens) e, assim, orientar o melhor pacote de tratamento.

“De posse dos dados detalhados, a Special Saúde assume o tratamento (nutrição enteral, infusão de medicamentos imunobiológicos e antibióticos, estomia e curativos de alta complexidade), que é acompanhado em tempo real pelas operadoras por meio da plataforma Hubb. Todas as informações são colocadas na plataforma. Isso inclui o tipo e a marca dos medicamentos, os dados físicos e de evolução dos pacientes, sugestões de ajustes no tratamento e outros”, informa a CEO Denise Yagui, administradora formada pela USP, com passagem por Harvard e Jönköping University, da Suécia.

Os benefícios financeiros para as operadoras de saúde aparecem nas diferentes fases do processo, pois a gestão dos dados dos pacientes em domicílio contribui para a assertividade e a segurança dos tratamentos. “As operadoras querem o melhor para seus pacientes, mas também o menor custo desse tratamento. E isso também significa não voltar para os hospitais que, além de mais oneroso para os planos de saúde, tem risco biológico superior”, reforça Denise.

A Special Saúde já atende a cerca de 1.500 pacientes em diferentes estados. Para isso, conta com uma equipe de 80 nutricionistas e mais de 50 enfermeiros e técnicos de enfermagem espalhados pelas várias regiões. “O uso de big data também é uma vantagem em logística para os planos de saúde. Temos pacientes em todos os estados do país, seja no interior do Piauí, em Rondônia, no Acre ou em São Paulo. Havendo um paciente, nossa equipe estará lá para prestar o serviço com o mesmo padrão de qualidade”, afirma Thiago Aitken.

Devido ao aumento da demanda por seus serviços, a Special Saúde vem ampliando o portfólio. A empresa fechou parceria com a Hollister, empresa global e quase centenária, para oferecer serviços de estomia e avança no serviço de curativos de alta complexidade.

O uso de tecnologia na gestão da saúde e a prestação de serviços com base nos dados também se mostram excelentes negócios. A base de clientes da Special cresce acima de 20% ao ano e o faturamento também evolui a dois dígitos. A empresa faturou R$ 120 milhões em 2021, deve fechar o ano acima de R$ 150 milhões e projeta atingir R$ 200 milhões, em 2023.
 
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