07/11/2022 às 11h30min - Atualizada em 08/11/2022 às 00h04min

Novembro é o mês de conscientização contra o câncer de próstata

Homens acima dos 45 anos já devem ficar atentos a rotina de cuidados e exames que devem ser feitos a fim de realizar a detecção precoce da doença

SALA DA NOTÍCIA Julia Hoebel
Imagem Pixabay
O mês de Novembro é tradicionalmente conhecido pela campanha Novembro Azul, que foi criada para conscientizar as pessoas a respeito da saúde do homem, com ênfase na prevenção do câncer de próstata. Sendo que este é o tipo mais comum de câncer e a segunda maior causa de óbito oncológico no sexo masculino. 

E, como a doença pode ou não apresentar alguns sintomas em fase inicial, é fundamental um acompanhamento médico periódico, a fim de realizar a detecção precoce da doença. Já na fase mais avançada, o paciente pode ter dores nos ossos e sintomas urinários como jato urinário fraco e sangramento. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados 65.840 novos casos por ano em 2020/2022 no Brasil.  E, apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença, principalmente em virtude de um diagnóstico tardio. 

Atualmente, cerca de 20% ainda são identificados em estágios avançados, embora um declínio importante tenha ocorrido nas últimas décadas em decorrência, principalmente, de políticas de rastreamento da doença e maior conscientização da população masculina. 
 
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens com idade superior aos 50 anos de idade realizem o PSA e o exame do toque retal anualmente. Sendo importante ficar atento a fatores de risco (raça negra/ história familiar de câncer de próstata), que antecipam a necessidade da realização desse tipo de exame em pelo menos cinco anos. 

De acordo com o urologista Vicente Codagnone Neto, médico da Clínica Usuy, que integra a rede de Credenciados do Plano CELOS, embora não exista evidência clara que alimentação saudável reduza o risco de desenvolver câncer, a literatura médica é bastante clara quanto à relação entre consumo excessivo de gordura e desenvolvimento de câncer de próstata agressivo. 
 
“O consumo de alimentos gordurosos parece levar a produção de substâncias que conferem maior agressividade às células do câncer de próstata, que passam a se multiplicar em maior velocidade, acometendo órgãos próximos e à distância, o que reduz de modo importante a chance de cura. Por outro lado, alguns alimentos que possuem a substância chamada licopeno, como o tomate, parecem agir de maneira protetiva para o câncer de próstata”, pontua Codagnone. 
 
Tratamentos 

Para pacientes diagnosticados com tumores de baixo risco, o urologista diz que a indicação é o oferecimento do regime de observação vigilante como conduta, que consiste em avaliações periódicas por meio de toque retal e dosagens do PSA. Cuidados que contam ainda com a ressonância magnética da pelve e/ou biópsia prostática, para ser realizada em intervalos variados. 

Além disso, para o especialista, o tratamento definitivo deve ser sugerido caso seja identificada progressão da doença em pacientes com expectativa de vida maior que dez anos, poupando pacientes com tumores “indolentes” das consequências do tratamento. “Por outro lado, pacientes portadores de tumores classificados como de risco de progressão alto ou moderado podem, em fases iniciais, serem adequadamente tratados e curados”, destaca Codagnone.

Tecnologia auxiliando no tratamento

Em alguns casos, a tecnologia é uma grande aliada. A cirurgia robótica atua para atender pacientes que precisam passar por procedimentos mais delicados, unindo tecnologia e conhecimento médico na busca por desfechos clínicos positivos. “Tem demonstrado muita eficácia nos procedimentos cirúrgicos em que os espaços são limitados ou em que é necessário o detalhamento do órgão explorado e suas estruturas adjacentes, como, por exemplo, no tratamento do câncer de próstata”, explica Codagnone. 
 
A cirurgia tem como benefícios uma maior precisão, menores cortes, diminuição da dor, menor uso de medicações analgésicas, menor chance de complicações pós-cirúrgicas e uma rápida recuperação do paciente com retorno precoce às atividades cotidianas.

 
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