O delegado Carlos Eduardo Silva de Assis confirmou, nesta quarta-feira, a prisão em flagrante, por crime de racismo, de uma mulher, de 57 anos, em Cachoeirinha, na grande Porto Alegre. O titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil do município relatou que, no final da tarde de ontem, a presa se referiu à cor da pele dele com a expressão “tinha que ser preto mesmo”, no momento em que era efetuada a prisão do filho dela, um jovem de 24 anos, por crime de estupro de vulnerável.
“Eu fiquei incrédulo. Ainda mais dentro do ambiente de trabalho, na qualidade de uma autoridade policial. Já autuei pessoas pela prática deste crime [racismo], na condição de delegado. Como vítima, é a primeira vez”, declarou o policial, em entrevista à Rádio Guaíba de Porto Alegre.
Segundo o delegado, a mulher permanece detida, por crime inafiançável, e a responsabilidade sobre o caso caberá ao Poder Judiciário. O filho dela também seguirá preso, preventivamente, por suspeita de envolvimento no estupro de uma menina de 13 anos.