11/03/2022 às 15h15min - Atualizada em 12/03/2022 às 00h00min
Infecção urinária atinge 30% das mulheres
SALA DA NOTÍCIA SANTA CASA DE MAUÁ
Divulgação Em razão de sua anatomia, as mulheres precisam ficar atentas com a infecção urinária, que se não tratada pode evoluir para uma cistite - infecção ou inflamação da bexiga ou para uma pielonefrite - infecção do rim, que embora seja reversível, pode evoluir para uma doença renal crônica.
De acordo com o urologista do Hospital Santa Casa de Mauá, Karlo Danilson de Moraes Sousa, a infecção urinária é a ação de uma bactéria que entra pelo canal da uretra e vai até a bexiga, provocando inflamação do órgão e contaminação da urina. “A patologia atinge 30% das mulheres ao longo da vida e com maior incidência no início da vida sexual e na gestação. Após a menopausa pode ocorrer a infecção urinária de repetição, quando há mais de três episódios no período de seis meses”, explica Sousa.
O principal fator responsável pela infecção urinária é a queda da imunidade - que depende muito de fatores externos como alimentação, hidratação e atividade física – que leva a multiplicação da flora bacteriana causando a infecção. A uretra feminina, por ser mais curta que a masculina, também facilita a ascensão das bactérias que estão na região genital.
A infecção urinária pode ser sintomática ou assintomática. Alguns dos principais sintomas são a urgência miccional, dor ao urinar, maior eliminação de urina durante a noite, micção muito frequente, dor lombar, febre, urina turva ou avermelhada em razão da presença de sangue.
Além da anatomia feminina, a infecção urinária também pode surgir em razão da má higiene, das mudanças hormonais, da falta de hidratação, da candidíase, de doenças crônicas e da relação sexual – quando a abertura da uretra fica mais exposta. Nesse caso, é recomendado sempre urinar após a relação sexual a fim de limpar o trato urinário.
"Nas mulheres, a incidência de infecção urinária é de 80% a 90% mais prevalente na idade reprodutiva e na menopausa em razão da queda do estrogênio e na quantidade de micro-organismos que protegem a vagina. O diagnóstico é feito por meio do relato dos sintomas, do exame de urina e da urinocultura com antibiograma, o tratamento é à base de antibióticos", explica o urologista.
A melhor forma de prevenir a infecção urinária é estar com a imunidade alta, reforçar a higiene íntima da região genital, evitar longos períodos sem urinar, redobrar a atenção com o uso de alguns métodos contraceptivos, que elevam os riscos de infecções recorrente e alteram a flora vaginal, além de evitar o uso de roupas apertadas e calcinhas úmidas para que não ocorra a proliferação de fungos.
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