18/02/2023 às 21h43min - Atualizada em 19/02/2023 às 06h03min

Absurdo! Homem mata a esposa e os filhos e vai pular carnaval

A cada novo avanço das investigações sobre o assassinato de uma família ocorrido ainda não se sabe se na madrugada de quarta (15) ou manhã de quinta-feira (16), no Recreio dos Bandeirantes, bairro da Zona Oeste do Rio, a polícia fica mais estarrecida com a frieza do homem que é acusado de ser o autor...

Porto Alegre 24 Horas
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De acordo com o jornal carioca O Globo, as autoridades afirmam que Alexander da Silva, de 49 anos, utilizando a substância melatonina, dopou a esposa Andréa Cabral Pinheiro, de 37 anos, a filha Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 11, e Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, o filho bebê de 11 meses, para depois executá-los. As duas vítimas mais velhas foram mortas a tiros, enquanto a criança pequena foi asfixiada no próprio berço e deixada lá, assim como a esposa e a outra filha, que pela posição dos corpos em suas camas faz presumir que o assassino queria simular “uma noite de sono tranquila”.

Responsável pelo inquérito na Delegacia de Homicídios, o delegado Wilson Palermo revelou detalhes do depoimento de Alexander, que embora esteja totalmente envolvido com as ações, diz a polícia, segue negando relação com o triplo homicídio. Ele teria cometido a barbaridade e depois saído “para ir aos blocos de carnaval do centro do Rio de Janeiro”.

Conforme colhido em depoimento na DH, o acusado relata que pela manhã de quinta-feira (16) teria saído de casa com o resto da família “dormindo”, para então ir em direção a Niterói, numa narrativa estranha que envolveria um trecho da viagem em carro de aplicativo e um ônibus, mesmo sem dizer por qual razão teria ido à cidade do outro lado da Baía da Guanabara.

Depois, Alexander diz ter tomado um ônibus e ido para o centro do Rio, já durante a tarde, onde “curtiu os blocos de carnaval” que desfilavam pelo local. Questionado pelos policiais sobre a razão para ter comparecido a esses eventos, já que estava muito tempo sem voltar para casa (levando em consideração a versão de que a mulher e os filhos dormiam), o suspeito argumentou que “precisa se distrair”.

A saga macabra do acusado teria terminado com ele vagando por comunidades da Zona Oeste, como Merck, Cesar Maia e pela Cidade de Deus, para depois retomar o caminho de casa, não sem antes ter deitado, segundo o próprio acusado, num banco de um posto de gasolina para dormir, durante a madrugada.

Réu em outro crime bárbaro
Alexander da Silva, de 49 anos, preso na sexta-feira (17) acusado de matar a esposa, Andréa Cabral Pinheiro, de 37 anos, a filha Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 11, e o filho Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, no imóvel em que moravam em um prédio do Recreio dos Bandeirantes, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, num crime bárbaro que chocou o Brasil desde as primeiras horas da manhã, já tem em sua ficha a acusação de um outro crime brutal, praticado há quase 14 anos.

Em julho de 2009, Tatiana Rosa de França, então com 27 anos, desapareceu também no Recreio dos Bandeirantes. Ela se relacionava com Alexander desde 2008 e era sua noiva. Dias depois foi encontrada num matagal morta, após levar vários golpes de faca no pescoço, que o deixaram dilacerado.

Os investigadores do caso à época relataram que a família de Tatiana a procurou na casa de parentes e amigos, e até contou com a ajuda do noivo nas buscas, que disse em depoimento à polícia que mantinha um relacionamento normal com a desaparecida, com algumas brigas comuns, iguais a de todos os casais. Alexander falou às autoridades também que “estava preocupado” porque Tatiana estaria apresentando sintomas de depressão após o falecimento de seu pai.

Após três anos de investigação, em 2012, na conclusão do inquérito, o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, então titular da 32ª Delegacia de Polícia, resolveu tornar Alexander réu e o acusá-lo pela bárbara morte de sua noiva.

Alexander até tentou negar seu envolvimento e alegou na ocasião que sequer manteve contato com a vítima naquele dia do desaparecimento, mas uma perícia realizada em antenas de telefonia celular da região mostrou que ele telefonou 13 vezes para a Tatiana no período. O delegado do caso, na conclusão do inquérito, mostrou que o suspeito não conseguiu provar nenhuma de suas versões apresentadas e então o indiciou, tornando-o réu pelo dantesco assassinato.

Embora sobrassem indícios contra o noivo, jamais ele foi levado a julgamento, além de não ter passado um dia sequer preso. O delegado Nunes até tentou pedir sua prisão preventiva, mas a juíza Ludmilla Vanessa Lins da Silva, auxiliar do 1° Tribunal do Júri da Capital, negou, alegando um lapso temporal. “Não demonstrou o Ministério Público ameaças sofridas pelas testemunhas, tampouco o temor justificado por algumas delas, não sendo possível presumir, sem provas concretas, que a liberdade do acusado traria obstáculo à instrução criminal”, despachou a magistrada.

Nesses 14 anos, a data para o júri popular de Alexander Silva já foi marcada três vezes, mas sempre por questões burocráticas ou por solicitação de alguma das partes envolvidas o julgamento vem sendo adiado e até agora segue sem data para acontecer.

Fonte: Revista Fórum


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