O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou nesta quarta-feira (22), o repasse de R$ 430 milhões para ações emergenciais no Rio Grande do Sul. O objetivo é fazer frente ao período de estiagem que atinge o interior do Estado e os recursos serão destinados às área da agricultura, desenvolvimento social e defesa civil.
A destinação atende a demandas de prefeitos, deputados, vereadores e entidades gaúchas. Na semana passada, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, já havia autorizado o repasse de mais de R$ 3,8 milhões a 15 cidades do Rio Grande do Sul atingidas pela estiagem.
Segundo comunicado do governo, os valores serão usados para compra de cestas básicas, combustível para caminhões-pipa e reservatórios de água. Ao todo, 169 municípios do Estado estão com reconhecimento federal de situação de emergência vigente por conta da estiagem.
A definição dos repasses acontece após reunião conjunta no Palácio da Alvorada entre Lula e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Secom), Wellington Dias (MDS), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Padilha (SRI), além do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galipolo.
Na semana passada, a prefeitura de Bom Jesus decretou de situação de emergência em virtude dos efeitos da estiagem. As estimativas da Emater dão conta de que as perdas verificadas na produção de uva, maçã, milho e batata são de 20% e na soja de 10%. Os prejuízos somam R$ 140 milhões, conforme cálculos da entidade.
A prefeitura de Farroupilha também cogitou um plano emergencial contra a falta de chuvas.
De acordo com a Defesa Civil Estadual 323 municípios declararam situação de emergência. A estiagem já causa prejuízos a 56.773 produtores de milho e 18.523 de milho silagem, de acordo com levantamento da Emater/RS-Ascar. Das regiões monitoradas pela empresa, as mais afetadas são as de Santa Maria (Centro-Oeste), Frederico Westphalen (Sul), Santa Rosa e Ijuí (Noroeste), onde as perdas nas lavouras, em média, vão de 40% a 50% da produção esperada para a safra 2022/2023, segundo o extensionista rural Elder Dal Prá.
Fonte: Jovem Pan