Os dois adolescentes atacados por tubarão, em incidentes diferentes registrados em Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, seguem internados em situação “estável”, segundo o Hospital da Restauração (HR), no Recife. Divulgado nesta quarta (8), o boletim médico mais recente aponta que eles estão tomando antibióticos para evitar infecções.
Os incidentes aconteceram em dois dias seguidos. No domingo (5), um adolescente de 14 anos, que não teve o nome divulgado, nadava perto da igrejinha de Piedade. Ele teve a perna direita amputada.
Na segunda (6), a 500 metros de distância em relação ao local do ataque anterior, a adolescente Kaylane Timóteo Freitas, de 15 anos, foi mordida por um tubarão e teve uma parte do braço esquerdo amputada.
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Por meio da nota, o HR também informou que Kaylane está se recuperando na enfermaria da unidade. Ainda segundo o hospital, o garoto também está na mesma ala. Não há previsão de alta para nenhum dos dois.
Os ataques registrados em Piedade aconteceram menos de 15 dias depois de um surfista ser mordido por um tubarão em Olinda, também na Região Metropolitana do Recife. André Luiz Gomes, de 32 anos, já teve alta e se recupera em casa.
Com os ataques, subiu para 77 o número ocorrências envolvendo tubarões no estado de Pernambuco, sendo 67 no continente, e outras dez, em Fernando de Noronha. A contagem foi iniciada em 1992, quando se registrou o primeiro caso no estado.
Riscos das lesões
Em caso de ataque de tubarão, os primeiro-socorros são fundamentais para garantir a sobrevivência da vítima, alertou a médica Maria Cláudia de Albuquerque Sodré, integrante da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, em entrevista ao Bom Dia PE (veja vídeo acima).
Segundo a médica, as mordidas dos animais provocam sérias leões e podem provocar amputações, devido a outro fator que deve ser levado em conta: o risco de de infecção.
“Quando chega um caso em que já foi amputado o membro, a gente tem que regularizar para evitar uma piora. Já quando é uma lesão grave, a gente vê se é possível reconstruir ou se a única opção for a amputação”, disse Maria Cláudia.