Especialistas renomados e produtores estiveram juntos no 2º Simpósio Brasileiro das Pitayas. Realizado pela APPIBRAS na ESALQ-USP, em Piracicaba, o congresso ofereceu uma imersão completa para produtores, investidores, pesquisadores e empresas da cadeia produtiva da cultura da “fruta do dragão”.
A pitaya representa uma cultura em ascensão, representando uma importante oportunidade de investimento para pequenos, médios e grandes produtores brasileiros. A fruta se adapta aos mais diversos climas e, com o crescimento do mercado consumidor, é possível encontrar produtores nas cinco regiões brasileiras.
Tendo em vista as condições favoráveis de negócio, o simpósio aconteceu com o intuito de fomentar o cultivo da pitaya pelo país, em especial para os pequenos produtores brasileiros, e apresentar os avanços científicos como o melhoramento genético, que torna a fruta ainda mais viável do ponto de vista econômico.
Fomento de negócios
No hall do prédio na sede da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - USP (ESALQ), em Piracicaba, os participantes do simpósio foram recebidos por uma feira de exposição com empresas do setor, que aproveitaram para apresentar as soluções desenvolvidas que podem ser utilizadas pelo produtor de pitaya.
DaColheita apresentou aos presentes as caixas de EPS próprias para o transporte da pitaya, que se trata de uma fruta sensível e por isso, necessita de um armazenamento diferenciado.
Com a presença do CEO, Marcelo Giberti, a Master Plant levou ao simpósio sua solução de iluminação artificial que aumenta a produtividade dos mais diversos cultivos. A empresa desenvolve painéis LED de alta performance voltados para a produção de Plantas e Hortaliças, que também pode ser utilizada para o cultivo de pitaya.
E a Satis, empresa de Araxá, Minas Gerais, apresentou os produtos de nutrição vegetal foliar, tendo como vantagem proporcionar uma absorção mais rápida para melhorar o rendimento das lavouras, e qualidade dos frutos.
Já no auditório, palestrantes como o pesquisador da Embrapa, Fábio Faleiros, puderam falar dos estudos e dos avanços científicos relacionados ao cultivo da pitaya. O simpósio ainda contou com a presença de produtores, como o engenheiro agrônomo Carlos Watanabe, que dividiram experiências com o público presente.
De olho no mercado externo
Também presente no congresso estavam os diretores da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Eduardo Brandão e Jorge de Souza. Eles apresentaram o potencial do mercado da pitaya para a exportação e como a associação atua para impulsionar a exportação e a promoção da pitaya brasileira no mercado internacional.
De acordo com a Abrafrutas, em 2022, o Brasil faturou mais de US$ 1.773,2 nas exportações de pitaya, com este valor foi possível observar crescimento de quase 80% em relação ao ano anterior, que foi de US$ 712,7. Os principais destinos são alguns países da União Europeia, Canadá e Reino Unido.
Aprendizado na prática
No último dia de evento, aconteceu o Dia de Campo. Guiado pelo engenheiro agrônomo Dejalmo Prestes, fundador da APPIBRAS e conhecido nas redes sociais por “Professor Pitaya”, os participantes puderam visitar uma produção onde foi possível ver de perto o cultivo da pitaya e tirar dúvidas importantes.
O presidente da APPIBRAS, Afif Jawabri, fez um balanço do evento “estamos bastante felizes com a realização do 2º Simpósio Brasileiro das Pitayas. Promover um espaço de diálogo entre pesquisadores e produtores nos move para que a produção da pitaya no Brasil siga em pleno crescimento. Aproveito para agradecer aos palestrantes, parceiros e patrocinadores que tornaram o evento possível”, disse.