O governador Eduardo Leite inaugurou um trecho de 1,5 quilômetro de asfaltamento na localidade de Linha Nova, na zona rural de Gramado, com investimento de R$ 2 milhões do Estado e contrapartida da prefeitura.
Leite estava acompanhado do prefeito de Gramado, Nestor Tissot, do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e dos secretários de Logística e Transportes, Juvir Costella, de Comunicação, Tânia Moreira, e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Mateus Wesp.
O trecho dá acesso ao parque Olivas de Gramado e contempla outros estabelecimentos turísticos localizados na rodovia.
“O turismo deve ser olhado com a potência da região, entendendo tudo o que possamos acoplar de experiências para o turista. O visitante tem de levar as melhores experiências. Turista quer conforto e não passar dificuldade, por isso a importância de investirmos em infraestrutura”, disse Leite.
Parque Olivas de Gramado – Rodeado de Mata Atlântica e com o solo permeado de cristais que emanam energias, o parque Olivas de Gramado contém uma plantação de mais de 12.000 oliveiras de seis variedades. A 14 km do centro da cidade, o trajeto leva o visitante para o passado, percorrendo a rota do principal roteiro rural da região – o Raízes Coloniais de Gramado.
Pelo caminho, plantações, jardins, galpões, igrejas a casas antigas, legados dos imigrantes italianos, alemães e luso-açorianos que povoaram a Região das Hortênsias e patrimônio histórico de Gramado. O trajeto asfaltado em todo percurso oferece um passeio seguro, confortável e de contemplação.
Extrativismo de Butiá
O extrativismo de butiá é tema de um estudo desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi). A pesquisa é coordenada pela mestre em Desenvolvimento Rural e doutora em Gestão, Larissa Ambrosini, e se transformou na Circular Técnica “Diagnóstico do extrativismo, processamento e comercialização de produtos oriundos de butiazais no Rio Grande do Sul”, lançada recentemente.
O projeto foi executado entre 2019 e 2021 por pesquisadores da Seapi, com a colaboração de extensionistas da Emater/RS-Ascar. A finalidade, segundo Larissa, foi realizar um diagnóstico sobre o extrativismo do butiá, fornecendo dados sistematizados acerca dessa realidade em nível estadual. “Os resultados mostram que há cerca de 5.300 hectares de butiazais em propriedades rurais no Estado e mais de 400 mil plantas distribuídas em 28 mil estabelecimentos rurais”, conta. O número de famílias que utilizam algum produto do butiazal é de mais de 16 mil. E a região Noroeste concentra o maior número de famílias que tanto coletam quanto fazem uso de algum produto do butiazal.
“Esses produtos são utilizados, sobretudo, para autoconsumo, sendo os principais: o uso do fruto in natura, a produção de cachaça ou licor (curtidos com os frutos do butiazeiro), e a produção de suco a partir dos frutos”, explica Larissa. De acordo com ela, quando há venda, os principais produtos são: frutos in natura, polpa do fruto de butiá e cachaça ou licor de butiá.
Apesar do potencial diversificado, a pesquisa mostra que atualmente a utilização da palha é muito reduzida: 7% dos entrevistados declararam usar esse produto, enquanto 95% disseram aproveitar os frutos; 22% fazem uso ornamental das plantas e 4% afirmaram utilizar o caroço (amêndoa) do butiá.
“Comparando a utilização dos produtos do butiazal entre grupos de agricultores, segundo o tipo de manejo, a pesquisa constata que a prática do extrativismo é mais difundida entre os produtores que adotam o manejo orgânico”, destaca Larissa.
Na opinião de técnicos extensionistas e de produtores rurais, o principal entrave para desenvolver o extrativismo de butiá é a falta de estrutura de processamento. E as principais vantagens são a baixa demanda de insumos e a facilidade no manejo, na opinião dos produtores rurais.