O médico Leandro Boldrini, condenado pela morte do filho Bernardo em júri realizado na semana passada em Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi encaminhado na segunda-feira (27) ao IPF (Instituto Psiquiátrico Forense), em Porto Alegre, para atendimento e avaliação psiquiátrica.
A medida foi autorizada pela Juíza Priscila Gomes Palmeiro, da 1ª Vara de Execuções Criminais da Capital. Ela esteve na Pasc (Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas), onde o assassino cumpre a pena, e verificou a “necessidade da intervenção”. Boldrini teve um surto durante o seu novo julgamento e acabou não prestando depoimento.
Ele havia sido levado anteriormente ao Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, porém, a ausência de um médico especialista de plantão não permitiu o atendimento.
Conforme o juiz Alexandre Pacheco, da Vara de Execuções e Penas e Medidas Alternativas da Capital, responsável pela liberação da vaga no IPF, a avaliação psiquiátrica tem duração máxima de 15 dias. Depois, os médicos irão considerar a necessidade ou não da permanência de Boldrini no local.
Condenação
No novo julgamento, finalizado na última quinta-feira (23), Boldrini foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão pela morte de Bernardo, de 11 anos. O menino foi assassinado em abril de 2014, em Três Passos. Segundo o Ministério Público, Boldrini foi o mentor da morte do garoto, fruto do seu primeiro casamento.
A sentença é dois anos inferior à definida pelo primeiro júri, em 2019, que foi anulada devido a questões técnicas apontadas pela defesa.