Um homem de Porto Alegre teve R$ 40 mil roubados de sua conta bancária após ser drogado durante um encontro marcado por um aplicativo de namoro. A vítima, que prefere não ser identificada, ficou inconsciente por 72 horas e só tomou conhecimento do crime ao recobrar a consciência. O caso, ocorrido no início de março, está sendo investigado pela Delegacia de Combate à Intolerância (DPCI), que investiga crimes contra grupos vulneráveis, como a comunidade LGBTQIA+. A vítima está tentando se recuperar do trauma e das perdas financeiras e materiais.
A vítima conversou com o suspeito por meio de um aplicativo de relacionamento por cerca de 20 dias. O perfil usava fotos reais, segundo o homem. Após a reunião, e tendo passado cerca de três dias na cama, foi acordado pela mãe e percebeu que havia sido roubado. Os trâmites preliminares da investigação já foram iniciados, e a polícia vai analisar as imagens das câmeras de segurança para identificar o indivíduo.
A polícia relata dificuldades em obter detalhes de tais incidentes porque muitas vítimas de crimes têm medo ou vergonha de denunciá-los. A delegada sugere que as pessoas evitem fazer reuniões em casa e informem uma pessoa de confiança. No dia 31 de março, a polícia prendeu três suspeitos de envolvimento em outros crimes contra gays, que foram agredidos e assediados após encontros marcados por meio de um aplicativo de relacionamento.
A vítima acredita ter sido drogada após a segunda taça de vinho e, a partir daí, não se lembra de mais nada. Ele deve ter aberto o app do banco ou passado a senha, permitindo que o suspeito roubasse o dinheiro.