Nesta segunda-feira (17), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou mais dois casos fatais de dengue no Rio Grande do Sul, elevando assim para oito o número de mortos pela doença no Estado desde o dia 15 de março. As duas vítimas mais recentes são duas idosas, de 86 e 99 anos, residentes em Ijuí (Noroeste gaúcho).
Um dos óbitos anteriores foi registrado na mesma cidade e, por coincidência, quem sucumbiu foi um homem de também 99 anos. Já o restante do grupo é formado por uma mulher em Gramado (44) e homens em Morro Reuter (66), Lindolfo Collor (65), Bento Gonçalves (49) e Joia (23).
Quase todos sofriam de comorbidades. Trata-se de um aspecto de potencial agravamento das condições de saúde dos infectados pela picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Desde 1º de janeiro, o Rio Grande do Sul soma 6.637 casos confirmados. Destes, a grande maioria (5.859) são autóctones, ou seja, quando o contágio ocorre dentro do Estado. No ano passado, o Estado apresentou teve os seus maiores índices relativos à dengue até então: 68 mil casos (57 mil autóctones). Desses, 66 resultaram no falecimento do paciente.
O município de Encantado lidera o ranking gaúcho de casos confirmados até agora: 1.215. Em segundo lugar aparece Ijuí (946), seguido por Porto Alegre (527), Não-Me-Toque (397), Ibirubá (350), Estrela (286), Ivoti (251), Joia (204), Novo Hamburgo (202), Passo Fundo (194), Santa Maria (180), Sananduva (169) e Cachoeirinha (138).
Dicas à população
Diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com a dengue, as autoridades médicas recomendam que o indivíduo procure um serviço de saúde o mais rápido possível. O objetivo é evitar o agravamento do caso e a evolução para óbito.
Como principais sintomas são listados a febre alta (39°C a 40°C) e com duração de dois a sete dias, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas avermelhadas na pele, com ou sem coceira. Também aparecem de forma frequente os relatos de dores na cabeça (inclusive atrás dos olhos) e em outras partes do corpo.
O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o inseto, cuja picada da fêmea funciona como vetor. Não menos importante é revisar as áreas interna e externa da residência (casa ou apartamento) para eliminar objetos com água parada. Essas ações impedem o mosquito de nascer, cortando assim o seu ciclo de vida já na fase aquática.
(Marcello Campos)