Nesta quinta-feira (20), o governo gaúcho confirmou mais duas mortes por dengue, elevando assim para 11 as vítimas da doença no Rio Grande do Sul em 2023. Os óbitos mais recentes abrangem duas idosas de 85 anos, residentes nas cidades de Ibirubá e Novo Barreiro. Ambas sofriam de comorbidades, aspecto de potencial agravamento das condições de saúde dos infectados pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Os casos fatais anteriores foram registrados desde o dia 15 de março, a maioria envolvendo idosos. Ijuí lidera o ranking, com três perdas humanas (um homem de 99 anos, uma mulher de mesma idade e outra de 65). O restante do grupo é formado por uma mulher em Gramado (44), outra em Selbach (66) e homens em Morro Reuter (66), Lindolfo Collor (65), Bento Gonçalves (49) e Joia (23).
Desde 1º de janeiro, o Rio Grande do Sul soma 7.660 casos confirmados. Destes, a grande maioria (7.049) são autóctones, ou seja, quando o contágio ocorre dentro do Estado. No ano passado, o Estado apresentou teve os seus maiores índices relativos à dengue até então: 68 mil casos (57 mil autóctones) – desses, 66 resultaram no falecimento do paciente.
O município de Encantado lidera o ranking gaúcho de casos confirmados até agora: 1.327. Em segundo lugar aparece Ijuí (1.026), seguido por Porto Alegre (673), Não-Me-Toque (432), Ibirubá (409), Estrela (358), Ivoti (322), Novo Hamburgo (278), Passo Fundo (276), Joia (227), Sananduva (200), Santa Maria (194) e Cachoeirinha (159).
Dicas à população
Diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com a dengue, as autoridades médicas recomendam que o indivíduo procure um serviço de saúde o mais rápido possível. O objetivo é evitar o agravamento do caso e a evolução para óbito.
Como principais sintomas são listados a febre alta (39°C a 40°C) e com duração de dois a sete dias, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas avermelhadas na pele, com ou sem coceira. Também aparecem de forma frequente os relatos de dores na cabeça (inclusive atrás dos olhos) e em outras partes do corpo.
O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o inseto, cuja picada da fêmea funciona como vetor. Não menos importante é revisar as áreas interna e externa da residência (casa ou apartamento) para eliminar objetos com água parada. Essas ações impedem o mosquito de nascer, cortando assim o seu ciclo de vida já na fase aquática.
(Marcello Campos)
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