Vídeo mostra usuária de droga sendo torturada por mulher, na região metropolitana

Uma mulher de 38 anos foi detida nesta quinta-feira (20) sob suspeita de tortura, agressão e cárcere privado contra outra mulher em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A prisão ocorreu no bairro Neópolis, no centro norte do município.

De acordo com o delegado Alexandre Luiz Fleck, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí, a vítima, de 24 anos, relatou que ela e seu marido seriam usuários de drogas, e a agressora seria supostamente uma traficante de drogas – a polícia ainda está apurando essa informação.

O delegado Fleck explicou que o marido da vítima era mecânico e havia consertado alguns carros para a suposta traficante, que pagava pelos serviços com drogas e, em algum momento, o homem pegou um carro para consertar e vendeu a bateria do veículo, o que deixou a agressora enfurecida. Ainda conforme o delegado, a mulher agrediu a vítima para obter informações sobre o paradeiro das baterias. No mesmo dia o homem foi espancado, e desde então, ele consta no sistema como desaparecido.

Um vídeo mostra a suposta traficante segurando a vítima pelos cabelos enquanto a agride com um tipo de porrete. A mulher foi mantida em cárcere privado desde o final de dezembro do ano passado até março deste ano, como resultado de uma dívida. “A agressora obrigou a vítima a ficar em sua casa, cuidar de seus filhos e fazer entregas de drogas para pagar a dívida. Ela era constantemente alvo de agressões e era forçada a fazer coisas contra sua vontade. Até o dia em que ela conseguiu escapar dessa residência”, relatou o delegado.

Veja o vídeo:

Quando a polícia tomou conhecimento do vídeo, localizou a vítima, que já estava em outro bairro, segundo o delegado. Após prestar depoimento, a polícia solicitou a prisão da agressora, o que foi feito há 15 dias.

A agressora enfrentará acusações de tortura e cárcere privado, e o tráfico de drogas ainda será investigado. Pelos crimes de tortura, ela pode ser condenada a 2 a 8 anos de prisão; pelo cárcere privado, de 2 a 5 anos; e por redução a condição análoga à de escravidão, de 2 a 8 anos.