Pivô de uma crise envolvendo o governo federal, GSI é a sigla para Gabinete de Segurança Institucional. Trata-se de um órgão com status de ministério que tradicionalmente é comandado por militares. A sua função principal é cuidar da segurança em assuntos envolvendo a Presidência da República.
O GSI foi criado por um decreto de 1938, no governo de Getúlio Vargas. Na época, houve uma bipartição da estrutura da Presidência da República em um gabinete civil e em um militar.
O GSI é o ministério que registrou a primeira baixa no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O general da reserva Gonçalves Dias pediu demissão na quarta-feira (19) após a divulgação de vídeos que mostram que ele estava dentro do Palácio do Planalto durante os atos extremistas de 8 de janeiro.
A pasta é responsável pela coordenação da área de inteligência do governo. Cabe ao GSI, por exemplo, acompanhar questões com “potencial de risco” à estabilidade institucional, fazer a segurança pessoal do presidente da República e prevenir crises.
De acordo com a lei, é função do GSI “assistir diretamente o presidente da República no desempenho de suas atribuições, especialmente quanto a assuntos militares e de segurança”. O GSI faz a segurança pessoal do presidente, do vice e de seus familiares e também a segurança dos palácios presidenciais e das residências do presidente e do vice.
Em 2015, durante a reforma ministerial promovida pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o GSI foi incorporado à Secretaria de Governo. O gabinete foi recriado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) em 2017. Ele assumiu após o impeachment de Dilma no ano anterior, por intermédio de uma medida provisória.