O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como o favorito para Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026, mostra pesquisa Genial/Quaest. Para 21% dos eleitores, caso esteja impedido de concorrer, o ex-presidente deve apoiar seu ex-ministro da Infraestrutura na próxima disputa presidencial.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é citada por 15% como uma possível sucessora do marido, enquanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é o preferido de 10%. Apenas 5% acreditam que o herdeiro político do ex-presidente deve ser o senador Flávio Bolsonaro (PL), um de seus filhos. Um quarto dos eleitores, porém, diz que Bolsonaro não deveria apoiar nenhum deles – o que sugere que há muita gente que ou não crê na inelegibilidade ou aposta em outro nome.
O governador de São Paulo se destaca no Sudeste, região em que 26% dos eleitores afirmam que ele é quem deve receber o apoio de Bolsonaro para concorrer em 2026. Zema também tem uma performance melhor na região, sendo lembrado por 15% dos entrevistados.
A ex-primeira-dama, por outro lado, demonstra mais força no Sul e Centro-Oeste/Norte do país: 22% e 19%, respectivamente, cravam que ela deve ser a substituta de Bolsonaro.
Tarcísio também é mais lembrado pelo eleitor mais velho (com mais de 60 anos) e de renda mais alta (acima de 5 mínimos). Nesta faixa etária, Michelle aparece em terceiro, atrás de Romeu Zema.
Já Michelle marca mais do que Tarcísio no eleitorado feminino e no Sul, onde ela aparece como a sucessora de Bolsonaro para 22% dos eleitores ante 18% de Tarcísio. Michelle empata com o governador entre os mais pobres (com renda até 2 mínimos) e entre os mais jovens (16 a 34 anos).
Segundo a pesquisa, Tarcísio tem a preferência dos homens (27%), enquanto Michelle é mais citada pelo público feminino (19%).
Os dados do levantamento ainda apontam para uma vantagem do governador de São Paulo entre os eleitores com ensino superior (29%) e renda familiar acima de cinco salários mínimos (27%).
Inelegibilidade
As chances de Bolsonaro ficar impedido de concorrer tornaram-se maiores após a Procuradoria-Geral Eleitoral defender a inelegibilidade do ex-presidente devido a indícios de abuso de poder político em ataques feitos ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores. Há ainda outras 15 ações contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A pesquisa entrevistou 2.015 eleitores com 16 anos ou mais entre 13 e 16 de abril. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.