Três suspeitos de envolvimento no assassinato de um jovem e um adolescente em Sapucaia do Sul são considerados foragidos. Wesley Amaral dos Santos, de 19 anos, e Jonathan Júnior Xavier Lopes, de 16, foram encontrados mortos com as mãos amarradas e sacos na cabeça em uma estrada da cidade em 31 de março. O trio, composto pelos proprietários do depósito do Detran onde os assassinatos supostamente ocorreram, Leopoldo Rausch Potter, de 39 anos, e Rudimar da Silva Rosa, de 41, e o dono de uma empresa de guincho, Tiago More Martins, de 38, teve a prisão decretada em 10 de abril, mas ainda não foi encontrado.
As ordens de prisão foram tornadas públicas no Banco Nacional de Mandados de Prisão, o que significa que qualquer agente policial do Brasil pode prendê-los se seus nomes forem consultados. Eles são acusados de homicídio qualificado por tortura. A delegada Angélica Giovanella afirmou que a investigação continua e não descarta a participação de outras pessoas no crime.
A investigação sugere que Wesley e Jonathan teriam ido a um centro de desmanche de veículos credenciado pelo Detran para furtar duas baterias na noite de 30 de março. A dupla teria sido flagrada e rendida pelos seguranças do depósito, e seus amigos, que ficaram do lado de fora, conseguiram fugir e avisaram suas famílias. Após uma madrugada sem notícias, a mãe de Jonathan estava indo à delegacia para registrar o desaparecimento do filho quando soube, pelas redes sociais, da descoberta dos corpos.
O advogado de Leopoldo Potter, Lucio Constantino, disse que pediu acesso ao inquérito policial e aguarda a íntegra para tomar as “providências legais e cabíveis”. As defesas de Rudimar da Silva Rosa e Tiago More Martins não foram encontradas.