02/05/2023 às 22h20min - Atualizada em 03/05/2023 às 00h08min

Criada há 26 anos, Central Estadual viabilizou cerca de 15 mil transplantes no Rio Grande do Sul

Criada há 26 anos, Central Estadual viabilizou cerca de 15 mil transplantes no Rio Grande do Sul - Jornal O Sul

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Em 26 anos de atividade, completados em 1º de maio, a Central Estadual de Transplantes (CET) viabilizou a realização de aproximadamente 15 mil cirurgias desse tipo no Rio Grande do Sul. A efeméride marca a promulgação da lei 9.434, que em 1º de maio de 1997 instituiu o Sistema Nacional de Transplantes e fez com que a instituição gaúcha passasse a atuar dentro dos critérios de regulação desse tipo de procedimento.

“A Central [vinculada à Secretaria Estadual da Saúde] tem garantido a segurança e agilidade do processo, desde a doação até o efetivo transplante”, ressalta o coordenador do Núcleo de Educação e Sensibilização de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, James Cassiano.

Incentivo à doação

Atualmente, mais de 2,8 mil gaúchos estão na fila. Cassiano acrescenta que esse número poderia diminuir se os familiares fossem avisados sobre a vontade de um parente de ser doador.

O governo do Estado firmou um Termo de Cooperação com os cartórios de notas para implementação da Central Notarial de Doação de Órgãos. O objetivo é facilitar a manifestação, por vontade própria e de forma gratuita, das pessoas que queiram ser doadoras.

Com esse sistema, os hospitais e a Central de Transplantes podem consultar, de forma sigilosa, as escrituras públicas declaratórias contendo a manifestação de vontade relativa à doação de órgãos, após o falecimento do potencial doador.

“Essa manifestação de vontade por meio de escritura pública funcionará como mais uma ferramenta de convencimento para a família, visto que ainda será necessária a autorização da doação dos órgãos do familiar”, explica Cassiano.

O termo de cooperação também é assinado pela Associação dos Notários e Registradores do Estado do Rio Grande do Sul (Anoreg-RS), em conjunto com a SES, Poder Judiciário gaúcho, Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), Santa Casa de Misericórdia e o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Entenda

– O paciente que necessita do transplante – receptor – é encaminhado para a realização de exames a pedido da sua equipe transplantadora (definida, a princípio, por sua região de domicílio) para determinar as necessidades de tratamento e transplante.

– As informações do potencial receptor são organizados em um programa informatizado, sob responsabilidade do Sistema Nacional de Transplantes, gerenciado pela Central de Transplantes do Estado.

– O sistema registra e disponibiliza os doadores de órgãos e os resultados dos exames do receptor. Resultados processados ficam à disposição desse sistema para a classificação de receptores em lista única.

– É feito um cruzamento entre os dados de doador e receptor e apresenta as opções mais compatíveis – será gerada uma lista única de receptores para cada doador disponibilizado.

– Laboratórios autorizados realizam exames que comprovam a compatibilidade para que o receptor tenha segurança de receber o órgão doado.

– Os receptores elencados em cada lista serão submetidos à avaliação de suas equipes para identificar condições de receber o órgão e qual o mais apto/compatível com o doador disponível.

– A equipe transplantadora que acompanha a situação clínica do receptor aceita o órgão, que é então enviado pela Central de Transplantes ao hospital onde está o receptor – que pode desistir de receber o órgão (que, nesse caso, é reencaminhado ao próximo receptor compatível e inscrito na lista única).

– Por meio da Central de Transplantes, a família do doador recebe informações sobre sexo e idade dos receptores, bem como uma carta de agradecimento pelo gesto de solidariedade.

(Marcello Campos)



Fonte: https://www.osul.com.br/criada-ha-26-anos-central-estadual-viabilizou-cerca-de-15-mil-transplantes-no-rio-grande-do-sul/

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