Os funcionários da Trensub realizam uma paralisação, nesta segunda-feira (8), contra uma possível privatização da empresa. Segundo a estatal, devido à greve, a circulação de trens ocorre com intervalos de 20 minutos ao longo do dia, em ambos os sentidos. Após assembleia no início da tarde desta segunda, o Sindimetrô (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Metroviário e Conexas do RS) decidiu por manter a paralisação até a meia-noite.
“Estamos enfrentando um momento crítico, de descumprimento do nosso acordo coletivo e muitas incertezas. Nossa certeza é a luta e a urgência para cobrar respostas do governo federal sobre o futuro da Trensurb pública”, afirmou o Sindimetrô (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Metroviário e Conexas do RS), que realizou uma assembleia na tarde de domingo (7).
O sindicato também alega que, desde abril, a empresa retirou o adicional de risco de vida do setor da segurança. Segundo a entidade, a medida “é arbitrária e antidemocrática”.
“Estamos em mobilização há meses, em contato direto com representantes do governo Lula e parlamentares, para sabermos o futuro da Trensurb pública. Nossa greve é legal, uma decisão democrática prevista em lei. Estamos amparados e precisamos de todo apoio possível no momento. É nossa última alternativa após diversas outras formas de negociação e diálogo com a Trensurb e com o governo federal. O nosso futuro está em jogo. Nossos empregos e o serviço de qualidade que prestamos à sociedade gaúcha. Sabemos que a concessão significa o aumento da tarifa e a piora do serviço essencial à população gaúcha. Exigimos uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações”, prosseguiu o Sindimetrô.
A paralisação provocou transtornos aos usuários e aumentou a procura pelos ônibus. No início da manhã desta segunda, representantes dos metroviários se reuniram em frente à sede da Trensurb, localizada na avenida Ernesto Neugebauer, no bairro Humaitá, na Zona Norte de Porto Alegre.
Reivindicações atendidas
A definição da paralização foi feita depois que a empresa atendeu a dois dos três pedidos do sindicato em reunião mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4).
Os dois tópicos atendidos pela Trensurb foram o acordo coletivo, que foi prorrogado até ser assinado um novo acordo, e a devolução do adicional de risco de vida aos seguranças da empresa.