10/05/2023 às 23h20min - Atualizada em 11/05/2023 às 06h02min

Vice-chanceler da Ucrânia diz que o Brasil pode ajudar a deter a agressão russa

Vice-chanceler da Ucrânia diz que o Brasil pode ajudar a deter a agressão russa - Jornal O Sul

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O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Melnyk, declarou que o Brasil pode ajudar a “deter a agressão russa”, com uma proposta de plano de paz. Responsável por assuntos como a cooperação entre o governo de seu país e líderes das Américas, ele recebeu nesta quarta-feira (10) em Kiev o assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim.

“O Brasil pode desempenhar um papel importante para deter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa. Também nos esforçamos para revigorar uma parceria estratégica”, escreveu o vice-chanceler ucraniano em uma rede social.

Ucrânia e Rússia estão em guerra há mais de um ano. Amorim foi a Kiev, como enviado especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a convite do governo local.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andriy Melnyk, agradeceu a vontade do Brasil em liderar um acordo de paz. A expectativa é que ambos mantenham o contato e que um representante da Ucrânia visite o Brasil nas próximas semanas.

O representante brasileiro também se reuniu com o presidente Volodymyr Zelensky, a fim de falar sobre as tratativas de paz e aparar possíveis arestas deixadas recentemente por declarações de Lula sobre o conflito.

Ele considerou a reunião positiva para estreitar laços e avançar na tentativa de criar um ‘clube da paz’, conforme intenção manifestada por Lula para liderar um acordo entre ucranianos e russos. Amorim reiterou, porém, que para isso ocorrer A Ucrânia e Rússia precisam ceder:

“Não será fácil chegar a uma confluência. Será necessário que os 2 lados cheguem à conclusão de que o custo da guerra é maior do que o custo de certas concessões”.

O emissário de Lula ainda debateu assuntos bilaterais. Ele não confirmou, mas cogita-se que dentre os assuntos estava um plano da empresa Antonov em investir na montagem de uma fábrica no Estado de São Paulo.

De acordo com um interlocutor com conhecimento do assunto, existe a expectativa de Zelensky esteja aberto a ouvir a proposta de paz de Lula. Mas o presidente ucraniano poderá insistir para que o Brasil forneça à Ucrânia munição para abater drones iranianos lançados pelos russos em áreas estratégicas.

Também estava nos planos dos ucranianos levar Celso Amorim a áreas atingidas pelos ataques da Rússia. A ideia é sensibilizar o governo brasileiro — que condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas se posicionou contra sanções econômicas contra Moscou.

Contatos com Moscou

Chanceler nos dois primeiros mandatos do presidente Lula (2003-2010), Amorim esteve em Moscou no início do mês passado. Lá ele se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que na ocasião pediu que ele transmitisse ao líder brasileiro um convite para visitar a Rússia.

Em seguida, ainda em abril, o ministro de negócios estrangeiros russo, Sergey Lavrov, esteve em Brasília e foi recebido por Lula. Após se reunir com o chanceler Mauro Vieira, o visitante fez uma declaração polêmica: “Brasil e Rússia têm visões em comum sobre o mundo”.



Fonte: https://www.osul.com.br/vice-chanceler-da-ucrania-diz-que-o-brasil-pode-ajudar-a-deter-a-agressao-russa/

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