Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, a vacina contra influenza está liberada, desde segunda-feira (15), para todos as pessoas acima dos seis meses de idade.
Disponível em milhares de postos de saúde do Rio Grande do Sul, a vacina trivalente contra o vírus influenza continua sendo a melhor alternativa para evitar formas graves da infecção. Popularmente conhecida como “vacina da gripe”, o imunizante contém anticorpos que estimulam a proteção a três cepas principais: A-H1N1, A-H2N3 e B.
É considerado fundamental que os grupos prioritários continuem buscando as unidades de saúde para se vacinarem contra a influenza, uma vez que essas pessoas apresentam maior risco de evoluir para hospitalizações e óbitos por gripe. Também segue recomendada a vacina àqueles grupos mais expostos ao vírus em suas ocupações, como os profissionais da saúde, professores e caminhoneiros.
A campanha de vacinação contra a influenza teve início em 10 de abril e segue até 31 de maio. A baixa adesão verificada até o presente momento tem preocupado especialistas.
Apenas 36% dos grupos prioritários aplicaram as doses de proteção contra influenza até a primeira quinzena de maio. Como, neste ano, a cepa predominante é a H1N1 – a mesma que originou a epidemia de gripe em 2009 –, o temor é que, com poucas pessoas vacinadas, a tendência seja de altos números de infecções e agravamentos da doença.
“Historicamente, a cepa H1N1 causa mais prejuízos à saúde em comparação aos outros subtipos de influenza. A vacina é disponibilizada antes do inverno justamente para garantir que as pessoas estejam imunizadas quando entrarem em contato com o vírus”, explica a enfermeira do Núcleo de Doenças Respiratórias do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, Letícia Martins.
Dentre os casos de hospitalização por influenza já registrados até agora, 36% são maiores de 60 anos e 19% são crianças – ambas faixas contempladas originalmente na campanha. Ao todo, a soma já chega a 25 óbitos por gripe no Rio Grande do Sul em 2023.
De acordo com Letícia, quanto mais pessoas vacinadas, menor a circulação do vírus. “A população precisa resgatar a cultura da vacinação e buscar informação de forma correta, nos canais oficiais dos órgãos de saúde. A vacina é segura e gratuita, e está cientificamente comprovado que é capaz de reduzir casos graves e óbitos”, ressalta a enfermeira.
São grupos prioritários:
crianças de seis meses a menores de seis anos;
gestantes e puérperas;
idosos;
pessoas com comorbidades;
professores;
trabalhadores da Saúde;
população indígena;
caminhoneiros;
pessoas com deficiência permanente;
trabalhadores de transporte e portuários;
Forças Armadas (membros ativos), de Segurança e Salvamento;
População Privada de Liberdade;
adolescentes e jovens em medidas socioeducativas;
funcionário do Sistema de Privação de Liberdade.