18/05/2023 às 23h10min - Atualizada em 19/05/2023 às 06h02min

Ministro da Justiça diz que ambiente com plataformas melhorou, mas reforça críticas sobre falta de vigilância

Ministro da Justiça diz que ambiente com plataformas melhorou, mas reforça críticas sobre falta de vigilância - Jornal O Sul

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (18) que o ambiente com as plataformas digitais melhorou, mas reforçou as críticas quanto ao não cumprimento do dever de cuidado em relação a conteúdos de teor criminoso.

O Congresso discute a regulamentação da atuação das plataformas, assunto também em debate no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é obrigar as big techs a promover uma vigilância permanente contra a desinformação, conteúdos que propagam discurso de ódio entre outros, sob pena de responsabilização. Atualmente, é preciso que haja uma decisão para a remoção de vídeos que veiculam fake news, por exemplo.

“O ambiente, de modo geral, com as plataformas, melhorou muito. É claro que há resistência aqui e acolá”, disse Dino, ao responder sobre a atuação das redes no combate a crimes sexuais.

O ministro afirmou que, em relação a este tipo de delito, há uma “sensibilidade positiva” das plataformas, mas criticou a passividade das big techs quando o assunto é vigilância nas redes.

Ele disse que vai receber em audiência, na próxima semana, o presidente do Google no Brasil.

“O que lamentamos é que não haja um cuidado, uma vigilância cotidiana. É preciso que a polícia acione. E a pergunta que temos feito é: este é o certo?”, questionou.

“Elas (plataformas) de modo geral reagem positivamente, quando acionadas, mas lamentamos e reiteramos nossa discordância, que está em debate no Supremo e no Congresso, quanto ao não cumprimento do dever de cuidado e de vigilância, independente da ação policial”, destacou.

Briga com gigantes

Entre vários pontos contra desinformação, o projeto prevê, por exemplo, a regulamentação das plataformas digitais por meio de ações, como a criação de uma agência reguladora e punições quando houver o descumprimento de uma ordem judicial.

Em resposta, as gigantes da internet se mobilizaram desde que Lira começou a se movimentar para aprovar o PL nº 2630. No entanto, a ofensiva ganhou força quando o Google passou a exibir, em sua página inicial, um link contrário à matéria.

Com o título “O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”, o link direcionava quem clicasse para um artigo assinado por Marcelo Lacerda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa no Brasil.

A iniciativa do Google contra o PL causou reações rápidas tanto do governo Lula quanto de órgãos investigativos e do Poder Judiciário. O Ministério Público Federal (MPF) cobrou esclarecimentos do Google ainda na noite do feriado.

Já na terça (2/5), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, convocou a imprensa para protestar contra as supostas práticas abusivas das plataformas digitais.

“Estamos diante de uma situação de agressividade, de prepotência, que reforça a importância da regulação. O que estamos vendo de publicidade enganosa, cifrada, abusiva, mostra o tanto que a regulação é necessária e urgente”, afirmou Dino.

Empresas como o Google e o Twitter estariam, segundo o governo, impulsionando conteúdos nas redes sociais contrários ao PL e diminuindo o alcance de posições favoráveis à proposta.



Fonte: https://www.osul.com.br/ministro-da-justica-diz-que-ambiente-com-plataformas-melhorou-mas-reforca-criticas-sobre-falta-de-vigilancia/

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