A Polícia Civil revela descobertas alarmantes sobre um caso de exploração sexual envolvendo crianças, no qual pelo menos dez mulheres teriam cedido os filhos para um pedófilo em troca de dinheiro. Três suspeitas já estão sob custódia, incluindo uma mulher de 23 anos, detida recentemente em Porto Alegre.
Essas mulheres permitiram que seus filhos, com idades entre um e três anos, fossem vítimas de abuso sexual em troca de dinheiro. O principal agressor, um homem de 41 anos, encontra-se detido desde abril.
As investigações revelaram que ele procurava mulheres em sites de prostituição, buscando aquelas que tinham filhos menores, especialmente meninas. Uma análise forense realizada em seu celular revelou conversas com as mães, nas quais eram discutidas as quantias financeiras para os supostos abusos.
Após chegarem a um acordo, o agressor viajava até as cidades onde as crianças residiam e as levava para um local em Imbé, no Litoral Norte, onde os abusos ocorriam. Antes de cometer os atos, ele oferecia uma série de benefícios e até mesmo encontros em família. Os pagamentos eram efetuados mensalmente por meio de transferências eletrônicas.
Um exemplo chocante revelou que o agressor desembolsou R$ 6 mil para passar um final de semana em um hotel com uma mulher e sua filha. Metade do valor foi pago adiantado e a outra metade, posteriormente. O criminoso oferecia um “cardápio” de abusos, incluindo diferentes práticas que envolviam tanto a mulher quanto a criança, às vezes juntas. Para cada ato, um valor distinto era acordado.
A delegada responsável pelo caso afirmou que as mulheres eram “contratadas” por meio de uma empresa fictícia que atuava no setor de empréstimos, cujo dono era o agressor. Essa estratégia tinha como objetivo evitar vazamentos do esquema. Ele oferecia cargos nessa empresa em troca do silêncio das mulheres e as chamava de “digitadoras”.
Esse caso grave de exploração sexual infantil está sendo investigado com máxima prioridade pela Polícia Civil, que está buscando identificar e prender todos os envolvidos nesse terrível esquema criminoso.
Fonte: Agora no Vale.
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