Mais de 10 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza em 2022. Mesmo assim, a maioria da população de nove Estados segue na pobreza, ou seja, vive com uma renda mensal de até R$ 665,02.
Essas são as conclusões de um levantamento do IJSN (Instituto Jones dos Santos Neves), feito com base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa, divulgada pelo site G1, aponta que a taxa de pobreza no Brasil caiu de 38,2% para 33% entre 2021 e 2022, para um nível mais próximo de 2020. Mesmo com a queda, o número de pobres no País ainda é alto: são 70,7 milhões de brasileiros vivendo em situações precárias. Em 2021, eram 81,2 milhões.
Todos os Estados do País tiveram queda nas taxas de pobreza no último ano. Os Estados com as maiores reduções foram Roraima (11,7 pontos percentuais) e Sergipe (9,7 pontos percentuais), mas eles continuam com taxas elevadas, acima de 45%.
Mesmo com queda, Maranhão segue como o Estado com os maiores indicadores: seis a cada dez maranhenses vivem na pobreza.
Segundo o estudo, dois fatores principais estão por trás da queda da pobreza em 2022: a melhora do mercado de trabalho e a expansão de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil.
Proporção da população que vive abaixo da linha da pobreza em todas as unidades da Federação:
Maranhão: 58,9%
Amazonas: 56,7%
Alagoas: 56,2%
Paraíba: 54,6%
Ceará: 53,4%
Pernambuco: 53,2%
Acre: 52,9%
Bahia: 51,6%
Piauí: 50,4%
Amapá: 49,4%
Pará: 49,1%
Sergipe: 47,9%
Roraima: 46,8%
Rio Grande do Norte: 46,2%
Tocantins: 35,8%
Rondônia: 31,1%
Rio de Janeiro: 29,1%
Minas Gerais: 27,5%
Espírito Santo: 26,8%
Goiás: 24%
Mato Grosso: 23,3%
Mato Grosso do Sul: 23%
Paraná: 21,3%
São Paulo: 20,4%
Rio Grande do Sul: 18,2%
Distrito Federal: 17,3%
Santa Catarina: 13,9%