O governo do Rio Grande do Sul informou que, por meio da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, tem se articulado para o aprimoramento das ações de prevenção, preparação, mitigação e resposta na gestão dos riscos de desastres naturais com a iminência dos efeitos climáticos decorrentes do fenômeno El Niño.
Para isso, está disponibilizando na internet para a população e as prefeituras o acompanhamento de áreas de riscos hidrológicos e o movimento de massas de ar no RS.
As ações do Estado têm por base dados do Serviço Geológico do Brasil, órgão vinculado à Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia. Os relatórios apontam 740 áreas de alto e muito alto risco a movimentos de massas e enchentes, identificadas em 60 municípios gaúchos.
Essas informações são cruzadas com os dados fornecidos pela Sala de Situação do Estado, cuja equipe trabalha em parceria com agentes da Defesa Civil no monitoramento diário das condições hidrometeorológicas do RS.
No outono e no inverno, há previsão de um alto volume de chuvas e temperaturas um pouco mais altas do que a média para essa época do ano, características do El Niño. Essa combinação de fatores pode oferecer condições para a ocorrência mais frequente de eventos adversos.
Atuação da Defesa Civil
A partir da atualização desse levantamento técnico, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil tem, de maneira transversal, articulado com outras secretarias estaduais e, especialmente, com os municípios, para que as prefeituras façam a adequação de seus Planos de Contingência.
Os planos são um conjunto de medidas preestabelecidas para que os municípios respondam a situações de emergência ou estado de calamidade pública de forma planejada e intersetorialmente articulada, respeitadas as suas peculiaridades.
Os documentos também projetam cada ação ou resposta necessárias em caso de diferentes tipos de desastres. Por isso, a importância de estarem sempre atualizados pelas Defesas Civis municipais, ressaltou o subchefe da Defesa Civil estadual, coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira.
“Essas informações servem para identificarmos ameaças, suscetibilidades e vulnerabilidades, visando melhorias nos nossos protocolos de prevenção e alerta e de ações emergenciais, conforme prevê a legislação, para que, trabalhando de forma sinérgica, possamos todos, Estado, municípios e a União, oferecer a melhor resposta à população”, declarou o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira.