O Rio Grande do Sul completou, no último sábado (27), dois anos de zona livre de febre aftosa sem vacinação. O status foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal. Segundo o governo gaúcho, a conquista é fruto do esforço do Poder Público, de entidades e do setor produtivo.
De 2020, um ano antes da certificação internacional, até agora, foram desenvolvidas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação diversas ações para garantir esse status, como a implantação do Sentinela, um programa de vigilância de fronteira que é referência nacional, o programa Guaritas, que faz a vigilância em 97 municípios da fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, e ações de vigilância ativas e passivas.
A vigilância ativa para febre aftosa registrou de 2020 até março de 2023 um total de 19 mil fiscalizações em propriedades, 92,35 mil fiscalizações em barreiras de bovinos, bubalinos, ovinos e suínos, com 180 apreensões, 1,6 mil barreiras e 15,92 mil veículos fiscalizados. Entre os produtos inspecionados, estão carnes, couros, derivados lácteos, leite, ovos, embutidos, subprodutos e vísceras.
No caso do Sentinela, foram quase 84 mil bovinos fiscalizados, 918 barreiras e mais de 170 mil quilômetros de fronteira com Argentina e Uruguai percorridos. O Guaritas, só em 2022, percorreu 22 mil quilômetros, fiscalizando 1,98 mil veículos, 9,3 mil produtos e instalando 123 barreiras.
“O certificado internacional é algo a ser comemorado, principalmente pelas possibilidades que se abrem de novos mercados internacionais para os nossos produtos. Além disso, esse é um resultado sustentado pela cadeia produtiva, mas também pela expertise do serviço de vigilância animal do Rio Grande do Sul, que é referência no País em muitas áreas”, destacou o secretário estadual da Agricultura, Giovani Feltes.