A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul confirmou a detecção de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres perto da Lagoa da Mangueira, na Estação Ecológica do Taim, em Santa Vitória do Palmar, no Sul do Estado.
O local foi interditado para visitação. Essa é a primeira ocorrência no RS desde a chegada do vírus na América do Sul e no Brasil. A confirmação ocorreu na segunda-feira (29). Segundo a secretaria, a infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta a condição do Estado e do País como livre de influenza aviária de alta patogenicidade, não impactando o comércio de produtos avícolas. Não há risco no consumo de carne e ovos, pois a doença não é transmitida por esse meio.
O vírus foi identificado em aves silvestres da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto. A notificação de animais mortos ou doentes foi atendida pelo Serviço Veterinário Oficial, e as amostras colhidas foram enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas, unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal, que confirmou a doença.
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas. Conforme o Ministério da Agricultura, aumentou para 13 o número de confirmações de focos da doença em aves silvestres no Brasil.
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo Whatsapp (51) 98445-2033.
Segundo o Ministério da Agricultura, as infecções pelo vírus da influenza aviária em humanos não são comuns, mas podem ocorrer principalmente por meio do contato direto com aves infectadas vivas ou mortas.