"Liguei para o ministro Alexandre [Silveira, de Minas e Energia], ele está em São Paulo garantindo que 100% das escolas estão com os problemas de energia resolvidos. Portanto, as crianças e os nossos jovens vão ter a possibilidade de fazer a prova. Pode ser [que] em alguma cidade, por conta da chuva, no Paraná ou em Santa Catarina, tenha algum problema. Mas se tiver problema, esses meninos e meninas serão beneficiados na outra prova do Enem." De acordo com o Ministério da Educação (MEC), as novas datas serão 12 e 13 de dezembro.
Lula detalhou a articulação do governo federal desde que os problemas foram identificados: "Ontem, nós estávamos um pouco preocupados com a informação de que por volta de 400 escolas não poderiam ter o Enem por causa da chuva e da falta de energia, em algumas escolas. Eu conversei com o ministro de Minas e Energia, que conversou com o Camilo [Santana, ministro da Educação], que conversou com a Agência Nacional [de Energia Elétrica, Aneel]. Eles se comprometeram que, hoje, todas as escolas estariam prontas para fazer o Enem ou estariam prontas com energia consertada, ou aquela que não estivesse pronta, teria gerador."
No primeiro Enem, após o retorno de Lula à Presidência da República, o presidente destacou que o número de inscritos no Enem 2023 voltou a crescer. "Nós tínhamos quase 9 milhões de [inscritos], em 2014. Depois, caiu para menos de 3,5 milhões [de inscritos], no ano passado e no ano retrasado. Ele [o Enem], agora, voltou a 3,9 milhões de jovens que se inscreveram, uma demonstração do apetite dos nossos meninos e meninas que voltaram a estudar e quem sabe concluir o seu curso na universidade."
Ele ressaltou que, nesta edição, 63% dos participantes do exame são mulheres. "Uma boa notícia é saber que as mulheres estão batendo um recorde atrás de recorde, na tentativa de se informar, de se transformar em mulheres independentes com profissão. Isso é muito bom para que a gente possa pensar nesse país mais democrático, mais igualitário e sem preconceitos de gênero no país". Lula ainda observou a maior participação de pessoas pardas e de moradores da Região Nordeste.
“Daqui para frente, nós temos que criar a consciência no Brasil de que a gente continuará investindo muito em educação e ter em mente que sem educação esse país não dará o salto de qualidade que nós sonhamos. Eu sempre digo que investir em educação não é gasto. É investimento. A gente vai caminhar para que as pessoas não tenham sequer que pagar a taxa do Enem. A gente vai ter que fazer uma combinação para que a gente torne mais atrativo a esses jovens para se inscreverem para fazer o seu Enem e para poderem entrar na universidade”, declarou Lula.
O presidente ainda lembrou que. na quarta-feira (1º), anunciou a renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e comparou a iniciativa ao Programa Desenrola Brasil, de pagamento de dívidas. "As pessoas que estão devendo o Fies vão poder colocar sua dívida em ordem, vão poder limpar o seu nome, vão poder fazer acordo, é uma espécie do Desenrola. Então, as pessoas que estão com problemas de dívida [com o Fies] terão que falar com o MEC [Ministério da Educação], com a Caixa Econômica para legalizar a sua dívida. Porque vai ser um Desenrola para equacionar os problemas de muita gente que chegou a ficar com a dívida muito alta e as pessoas não têm o que pagar e nem conseguem dormir à noite."
Na visita ao Inep, o presidente Lula esteve acompanhado do ministro Camilo Santana; do presidente do Inep, Manuel Palácios; do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta; e da primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.