06/11/2023 às 16h36min - Atualizada em 07/11/2023 às 00h00min

Ícone da causa palestina, ativista Ahed Tamimi é presa por Israel

Segundo o Exército israelense, a jovem foi alvo de operação para deter suspeitos de envolvimento em atividades terroristas e de incitamento ao ódio.

Agência Brasil - Brasil
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A jovem ativista palestina Ahed Tamimi, de 22 anos, foi presa na madrugada desta segunda-feira (6) pelo Exército de Israel na Cisjordânia ocupada. Ícone da resistência palestina, Tamimi foi acusada de “incitação ao terrorismo”.



Segundo o Exército israelense, Tamimi foi detida em uma operação "destinada a deter indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas e de incitamento ao ódio", segundo a agência internacional de notícias RTP.



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A ativista ficou mundialmente famosa aos 14 anos, em 2012, ao ser filmada mordendo um soldado israelense para tentar impedir a detenção do irmão mais novo. Em 2017, ela ficou detida por oito meses por ter dado tapas em dois soldados israelenses próximo à residência da sua família, em Nabi Saleh, na Cisjordânia Ocupada, enquanto pedia que eles fossem embora. Em relatório divulgado à época, a Anistia Internacional considerou que Tamimi, foi "presa injustamente".



Em uma rede social, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Bem Gvir, publicou uma foto da ativista sendo presa e comemorou a detenção. “Tolerância zero com terroristas e apoiadores do terrorismo”, disse.




Grafites de uma ativista palestino Ahed Tamimi são vistos no Muro da Cisjordânia em Belém, na Palestina, em 28 de dezembro de 2022. (Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto)

Grafites de uma ativista palestino Ahed Tamimi são vistos no Muro da Cisjordânia em Belém, na Palestina, em 28 de dezembro de 2022. (Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto)






Grafite com a imagem da ativista Ahed Tamimi é visto no Muro da Cisjordânia em Belém, na Palestina, em 28 de dezembro de 2022 - Beata Zawrzel/NurPhoto



A prisão de Tamimi ocorre em meio a uma série de operações do Exército de Israel na Cisjordânia ocupada, que viu a violência aumentar após o ataque do Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro.



Desde então, o número de palestinos assassinados por força de Israel na Cisjordânia chegou 141, incluindo 43 crianças. Outros oito palestinos foram mortos por colonos israelenses e dois israelenses foram mortos por palestinos, segundo informe do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (Ocha).



O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou nesta segunda-feira que pelo menos 10.022 palestinos foram mortos, incluindo 4.104 crianças, em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro, segundo a agência Reuters.



O território da Palestina reconhecido internacionalmente é formado pela Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, e pela Cisjordânia, controlada parcialmente pela Autoridade Palestina, entidade essa que, ao contrário do Hamas, é reconhecida por Israel e pela maior parte da comunidade internacional como o legítimo representante do povo palestino.



Matéria ampliada às 17h56 para acréscimo do número de palestinos mortos em Gaza e da informação sobre o relatório da Anistia Internacional.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-11/icone-da-causa-palestina-ativista-ahed-tamimi-e-presa-por-israel
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