O governo do Rio Grande do Sul realizou, na terça-feira (28), um pregão eletrônico para a contratação de uma empresa que prestará serviços de monitoramento e alerta meteorológico, com previsão em tempo real, para Porto Alegre e Região Metropolitana.
Duas empresas manifestaram interesse e apresentaram propostas na licitação. A Southern, de São Paulo, fez o menor lance, de R$ 25,94 milhões, 5,8% abaixo do valor de referência. A proposta e especificações foram avaliadas e aceitas pela Celic (Central de Licitações do Estado) em conjunto com a Casa Militar, já que atenderam às especificações solicitadas no edital. Agora, será feita a análise das documentações de habilitação.
O processo licitatório contempla ainda prazos para a apresentação de recursos e também passa pela avaliação dos órgãos de controle do Estado. Uma vez cumpridas todas as etapas, fica autorizada a homologação do certame, que é a publicação do resultado final no Diário Oficial do Estado.
Com a homologação, a Celic autoriza a Casa Militar a iniciar os procedimentos para a contratação da empresa selecionada. No caso específico dessa licitação, após a assinatura do contrato, a empresa ou fornecedor terá 60 dias para realizar um estudo técnico que irá definir o melhor local para instalação do radar meteorológico. A prestação dos serviços de monitoramento, acompanhamento e emissão de alertas se estenderá por 60 meses.
De acordo com a secretária de Planejamento, Governança e Gestão do RS, Danielle Calazans, o governo do Estado está aportando recursos para reforçar os sistemas de alerta com a aquisição de novas tecnologias. “A aquisição de um novo radar meteorológico vai ajudar o Estado a ter maior precisão no monitoramento de eventos climáticos, minimizando os prejuízos e, sobretudo, mantendo as pessoas em segurança”, destacou.
Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com o serviço de monitoramento meteorológico realizado por três radares das Forças Armadas: dois localizados dentro do próprio Estado, em Canguçu e Santiago, e um no Morro da Igreja, em Santa Catarina. Por esse motivo, Porto Alegre e a Região Metropolitana acabam não recebendo cobertura adequada.
Para o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, Coronel Luciano Boeira, a contratação do serviço vai possibilitar o acesso a melhores dados e, assim, fornecer um monitoramento apropriado.
“O serviço de radar está relacionado diretamente com ações de prevenção contra eventos adversos. Nós teremos condições de disponibilizar dados mais qualificados com até três horas de antecedência. Atualmente, a informação que temos é apenas a visualização das imagens produzidas pelos radares das Forças Armadas. Nós não temos acesso aos dados produzidos por eles. Com a contratação do serviço, teremos acesso a mais dados e, portanto, a informação produzida será mais qualificada”, detalhou Boeira.
Conforme o Palácio Piratini, a instalação do radar faz parte de um processo contínuo de identificação e mapeamento de áreas de risco e de possíveis ameaças, suscetibilidades e vulnerabilidades nos municípios. “Com o monitoramento constante e permanente dos pontos de interesse, a Defesa Civil poderá aperfeiçoar a divulgação de protocolos de prevenção e de alertas, além de ações emergenciais para atuar nas ocorrências de desastres naturais”, informou o governo gaúcho.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul