O Consun (Conselho Universitário) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) aprovou a destituição do reitor da universidade, Carlos André Bulhões Mendes, e de sua vice, Patrícia Pranke. A votação ocorreu na tarde desta sexta-feira (01), com 60 votos favoráveis, dois votos contrários e três abstenções.
A decisão ainda depende de aval do MEC (Ministério da Educação). Bulhões e Pranke estavam à frente da Reitoria desde 2020. A chapa foi a escolhida pelo então presidente Jair Bolsonaro, mesmo tendo sido a menos votada das três que compunham a lista. Cabe ao presidente escolher uma das chapas da lista tríplice.
O texto aprovado o parecer elaborado por uma comissão especial do Consun. O texto cita “posturas e decisões anti científicas e negacionistas da reitoria interventora”, além de “ações e omissões que comprometem o adequado funcionamento da universidade”.
O parecer elenca oito pontos centrais que pesaram contra a atual gestão da Universidade: casos de censura envolvendo a comunicação institucional; desrespeito às decisões dos conselhos superiores; falta de cumprimento por parte da Administração Central de suas funções; conflitos e judicialização de membros da comunidade universitária; ausência do reitor nos conselhos superiores; desmonte de projetos e programas que eram centrais para a vida acadêmica; evidências de irregularidades, de falta de transparência na gestão de recursos e de tentativa de aprovação de projetos por parte da reitoria à revelia das devidas instâncias da universidade; e falta de gestão durante a pandemia e no retorno às aulas e atividades presenciais.
O conselho já havia aprovado um pedido de impeachment em agosto de 2021, alegando uma reforma administrativa irregular na Universidade, mas o pedido foi arquivado pelo MEC.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul