A situação do Rio Grande do Sul e do Brasil em relação à temática “Trabalho decente e crescimento econômico” foi abordada em estudo produzido pelo governo gaúcho divulgado nesta terça-feira (5). A publicação se deve aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), e que estão sendo monitorados pelo Piratini.
Entre os 17 objetivos, o objetivo 8 trata da promoção do crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável; de emprego pleno e produtivo; e de trabalho decente para todos.
Embora várias das metas estabelecidas não sejam competência dos governos locais, governos estaduais e municipais podem auxiliar no cumprimento ao final dos prazos estabelecidos pela ONU.
No estudo, oito metas foram avaliadas a partir dos dados existentes.
As duas primeiras estão atreladas ao Produto Interno Bruto (PIB), indicador impactado pela estiagem em 2022. Mais especificamente, a primeira delas busca “alcançar o crescimento sustentável do PIB per capita”, mostrando que, no período entre 2015 e 2022, o Produto Interno Bruto por habitante registrou variação anual negativa de 1,2% no Rio Grande do Sul. No Brasil, a variação anual também foi negativa, de -0,6% ao ano.
Também foi avaliada a evolução da produtividade das economias, e o monitoramento foi feito por meio da relação entre variação real do PIB e o número de pessoas ocupadas. No Estado, entre 2015 e 2022, a taxa média de crescimento do PIB por pessoal ocupado total foi de -1,1%, enquanto no País a queda foi de 0,4% por ano.
Outras metas abordadas no material destacam trabalho decente para homens, mulheres, jovens e pessoas com deficiência; equidade de remuneração; erradicação do trabalho forçado; proteção aos direitos trabalhistas; e promoção de ambientes de trabalho seguros.
Dentre os indicadores avaliados no estudo, pode-se destacar que, no Rio Grande do Sul, a taxa de desocupação passou de 6,2% em 2015 para 6,4% em 2022, com uma oscilação da taxa entre homens (de 4,9% em 2015 para 5,2% em 2022) e relativa estabilidade entre as mulheres (7,8% em 2015 e 7,9% em 2022).
Entre os jovens, a proporção da população de 15 a 29 anos que não estudava e não estava ocupada passou de 16,1% em 2015 para 15,7% em 2022 no Estado, enquanto no Brasil o percentual caiu de 22,9% para 22,3% no mesmo intervalo de tempo. Em relação à remuneração, o salário-hora médio real do total de empregados no Estado e no país teve oscilações negativas, ao se compararem os anos de 2015 e 2022.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul