O governo do Rio Grande do Sul deu início à última etapa da reconstrução completa da cadeia pública de Porto Alegre com a demolição dos últimos dois pavilhões remanescentes (A e B). Para possibilitar a sequência da obra, foi finalizada a desocupação do presídio.
Ao todo, desde a primeira operação em 2022, foram transferidas 1.980 pessoas privadas de liberdade da unidade prisional. Na terceira e última fase, realizada nos dias 21 de novembro, 4 e 5 de dezembro, 896 apenados foram removidos, sendo 586 para o Complexo Prisional de Canoas e 310 para a Penitenciária Estadual do Jacuí. A primeira etapa, com 555 presos, ocorreu em junho do ano passado, e a segunda, com 529 movimentações, aconteceu em maio deste ano.
A última fase de transferências envolveu o maior número de apenados: foram 1.530 movimentados no sistema prisional, incluindo outras unidades, nos últimos dias.
Durante todo o processo de desocupação do estabelecimento, foram movimentados, no sistema prisional gaúcho, 3.325 pessoas privadas de liberdade. Atualmente, 63,2% das obras da cadeia pública estão concluídas. Em fevereiro, a empresa contratada para a execução dos serviços finalizou os primeiros três módulos de vivência, somando 564 vagas.
Com a desocupação desta semana e a demolição dos pavilhões A e B, terá prosseguimento o trabalho – com a limpeza, a preparação do terreno e a execução do serviço dos módulos restantes. No lugar dos dois prédios, serão construídos mais seis módulos de vivência, com 1.320 vagas, totalizando assim 1.884 vagas.
“Precisamos garantir as condições para dar continuidade à readequação do sistema prisional, chamar mais efetivo e investir em tecnologia. Assim, seguiremos firmes no combate ao crime, por um Rio Grande do Sul mais próspero e seguro”, disse o governador Eduardo Leite em visita ao local.
Iniciada em julho de 2022, a obra conta com um investimento total de R$ 116,7 milhões. Segundo o Pratini, a parte externa do presídio terá torres de controle e serviços, que abrangem reservatórios, casa de bombas, central de gás GLP, gerador de água quente e de energia e subestação. O setor interno terá área construída de cerca de 14 mil metros quadrados, com nove módulos de vivência, onde ficarão as celas e os locais para atividades do cotidiano das pessoas presas – pátio coberto e de sol, áreas para visita e atendimento jurídico.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul