Ministério da Saúde abriu nesta quinta-feira (07), uma consulta pública para discutir a possível incorporação da vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta em questão envolve o imunizante Qdenga, que já está sob avaliação da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).
Após uma reunião realizada na quarta-feira (6), a Conitec recomendou a incorporação do Qdenga inicialmente em localidades e para públicos prioritários, os quais serão posteriormente determinados pelo Programa Nacional de Imunizações. A escolha dos grupos e áreas geográficas considerará as regiões com maior incidência e transmissão da dengue, bem como as faixas etárias mais suscetíveis a complicações da doença.
A restrição de público também levará em consideração a capacidade de fornecimento de doses por parte da fabricante. Atualmente, a recomendação de incorporação está atrelada a uma proposta de redução de preço por parte do fabricante, uma vez que o valor atual por dose, de R$ 170, ainda é considerado elevado pelo governo federal. Esse preço é duas vezes superior ao das vacinas mais caras já incluídas no programa.
Segundo informações do Ministério da Saúde, o laboratório Takeda Pharma, responsável pelo imunizante, propôs inicialmente o fornecimento de 8,5 milhões de doses no primeiro ano e um total acumulado de 50 milhões em cinco anos. Essa limitação no quantitativo disponível impõe restrições na definição do público a ser atendido.
A fase de consulta pública, que normalmente tem duração de 20 dias, será encurtada para 10 dias, considerando a projeção epidemiológica para o próximo verão, com a possibilidade de aumento de casos de dengue. Após esse período, as sugestões serão analisadas pela Conitec, que emitirá uma recomendação final. Caso a vacina seja incorporada, o esquema de administração consistirá em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.
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