O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para uma onda de altas temperaturas que atingirá grande parte do Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul entre esta quinta-feira (13) e domingo, agravando o calor intenso que já se faz sentir nos últimos dias. Em algumas áreas, os termômetros podem registrar máximas de 43ºC no fim de semana.
Já na segunda-feira (18), a combinação entre o ingresso de uma frente fria e o aumento de umidade, mais a virada dos ventos de sul a sudeste, tende a causar acentuado declínio nas temperaturas. O resultado será um clima mais ameno, se comparado ao cenário tradicional dessa época de fim de ano.
A meteorologista Naiane Araújo, do Inmet, atribui a um conjunto de fatores o aumento atípico do calor: “Nos próximos dias, a chance de chuva volta a diminuir, sobretudo a partir da quinta-feira, devido a uma massa de ar mais quente e seco que vai quebrar esse canal de umidade, justamente nesta época que é a mais quente do ano. Conforme a gente tem o céu aberto, mais ensolarado, e com a ausência de nuvens, as temperaturas disparam mesmo”.
Ela acrescenta que o fenômeno El Niño é um motivo a mais para o aquecimento, embora não o único: “A gente teve a configuração do fenômeno ao longo da primavera e isso deve se repetir no verão, bagunçando o regime de chuvas na área central do Brasil e com impacto muito claro nessa elevação”.
Cuidados
Os recordes de temperatura aumentam os riscos de incêndios e prejuízos à agropecuária, com a perda de produção e mortes de animais, dentre outros problemas. A sensação térmica muito alta também traz riscos à saúde, incluindo problemas como insolação. Confira algumas dicas do Ministério da Saúde:
– beber água e sucos naturais com frequência, mesmo quando se está sem sede;
– evitar bebidas alcoólicas ou açucaradas, a exemplo dos refrigerantes;
– priorizar refeições leves, inclusive saladas e frutas como melancia, melão e laranja;
– manter os ambientes úmidos com umidificadores de ar, toalhas molhadas ou baldes de água.
– tomar banhos frios ou com temperaturas mais baixas;
– evitar mudanças bruscas de temperatura.
– não se expor ao sol em horários mais quentes, muito menos realizar atividades físicas (sobretudo ao ar-livre);
– usar protetor solar, óculos escuros e chapéus.
Para “pets”
– manter a água dos animais sempre fresca, limpa e disponível. Gelo pode ser adicionado.
– não caminhar com os animais em piso quente, devido ao potencial risco de queimaduras.
– evitar passeios em horários com pico de temperatura e não expor o “pet” ao sol.
– avaliar o uso de ar-condicionado no local onde o bichinho costuma permanecer.
(Marcello Campos)
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul