A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou uma previsão para a balança comercial em 2024, indicando uma queda de 0,6% nas exportações, totalizando US$ 334,517 bilhões. Esse valor é ligeiramente inferior aos US$ 336,532 bilhões estimados para 2023.
No que diz respeito às importações, projeta-se um aumento de 0,62%, atingindo US$ 241,745 bilhões em 2024, em comparação com os US$ 240,345 bilhões calculados para este ano. O superávit deve alcançar US$ 92,772 bilhões no próximo ano, representando uma diminuição de 3,5% em relação aos US$ 96,187 bilhões esperados para 2023.
José Augusto de Castro, presidente da AEB, mencionou que o mercado internacional está atualmente tranquilo, sem variações significativas nos preços. Ele destacou que as mudanças nos produtos ao longo deste ano foram mínimas em comparação com 2022.
Castro prevê uma continuação desse cenário em 2024, embora reconheça a possibilidade de novos eventos no segundo semestre do próximo ano que podem impactar os preços, referindo-se a fatores políticos ou econômicos.
Quanto aos produtos, a soja, o petróleo e o minério continuarão a representar uma parcela significativa das exportações, respondendo por 37,05% em 2024, mantendo-se estáveis em relação a 2023, quando alcançaram 37,09%. O presidente da AEB alertou para a possibilidade de aumento nos preços do petróleo se a Opep decidir reduzir a produção.
Em relação à soja, prevê-se uma pequena queda nas exportações devido a problemas climáticos no Brasil, mas isso ainda não afetou a balança comercial.
A AEB projeta que as cotações médias em dólar por tonelada de alguns produtos brasileiros crescerão em 2024, incluindo minério de ferro (+2,5%), petróleo (+1,7%), soja em grão (+0,3%), celulose (+1,2%) e óleos combustíveis (+10,2%). Por outro lado, espera-se quedas nas cotações de café (-8,7%), carne de aves (-6,9%), carne suína (-6,2%), milho (-6,1%), carne bovina (-5,3%) e farelo de soja (-5,1%).
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