A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14/12), a Operação Púrpura, para reprimir o tráfico ilegal de fauna silvestre no Rio Grande do Sul. Na ação, policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.
As investigações iniciaram com o cruzamento de dados de inquéritos policiais em trâmite na Delegacia de Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal e informações compartilhadas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
A apuração identificou a atuação de uma associação criminosa voltada ao cometimento de crimes de tráfico de animais silvestres, receptação e maus-tratos. Os suspeitos atuam no transporte de animais capturados em diversos estados brasileiros e enviados ao Rio Grande do Sul, como saguis, macacos-prego, iguanas, araras e tucanos, entre outros.
O principal investigado, líder da associação criminosa, atua há mais de 20 anos no comércio ilegal da fauna brasileira e já foi flagrado em 15 ocorrências de transporte animais silvestres irregulares e, conforme informações, estaria em prisão domiciliar desde dezembro de 2014.
No Rio Grande do Sul, o grupo atua no transporte de aves da região da campanha, especialmente o cardeal de cabeça vermelha, espécie ameaçada de extinção. As aves são transportadas para a região metropolitana de Porto Alegre para abastecer o comércio local ou enviadas para a região sudeste do Brasil.
O nome escolhido para a operação faz alusão à cor da cabeça e do topete do pássaro cardeal, um dos mais traficados pelo grupo criminoso. Por ser uma ave de extraordinária beleza física e sonora, acaba sendo alvo de traficantes de animais pelo valor que atinge no mercado ilegal.
Mandados de busca e apreensão expedidos:
Porto Alegre/RS: 01
Cachoeirinha/RS: 03
Gravataí/RS: 09
São Paulo/SP: 02
Ribeirão Preto/SP: 01
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