A Hemorrede Pública Estadual do Rio Grande do Sul implementou nesta semana um procedimento na triagem clínica em observação às novas tecnologias que envolvem a doação de sangue. A técnica oferece mais conforto para o doador, pois não exige a punção digital, a qual requer que o dedo seja furado, verificando, assim a hemoglobina de forma não invasiva.
A verificação da hemoglobina/hematócrito é um requisito essencial e obrigatório na avaliação do candidato a doação de sangue. O dispositivo, que mede uma ampla gama de parâmetros fisiológicos, utiliza análise fotográfica do tecido dos capilares da ponta do dedo sem a necessidade de amostras de sangue invasivas e dolorosas.
Na prática, em um único aparelho será medido o valor de hemoglobina e de hematócrito, registrada a frequência cardíaca e aferida a pressão arterial. Assim, será possível reduzir uma etapa (a pré-triagem) no processo da doação, visto que os parâmetros poderão ser verificados pelo mesmo profissional que realiza a entrevista (triagem clínica). O equipamento é destinado à triagem de doadores, não tendo fins diagnósticos.
O método atende também aos requisitos da NR 32, norma regulamentadora que estabelece medidas protetivas à segurança e à saúde dos trabalhadores da área.
A metodologia foi validada em 2021 e as equipes da hemorrede estadual passaram por capacitação para estabelecerem a mudança nos serviços. A implantação iniciou-se pelo Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), em Porto Alegre, e ocorrerá de forma gradual nos hemocentros regionais de Passo Fundo (HemoPasso), Pelotas (Hemopel) e Santa Maria (Hemosm).
Doação de sangue – requisitos
Estar em boas condições de saúde;
Apresentar documento oficial de identidade com foto;
Ter idade entre 16 e 69 anos, sendo que os candidatos a doadores com menos de 18 anos deverão estar acompanhados pelos pais ou por responsável legal;
Pesar no mínimo 50kg com desconto de vestimentas;
O limite de idade para a primeira doação é de 60 anos;
Não estar em jejum e evitar alimentação gordurosa;
Ter dormido pelo menos 6 horas antes da doação;
Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação;
Não fumar pelo menos duas horas antes da doação.
Impedimentos temporários
Gripe ou febre;
Gestantes ou mães que amamentam bebês com menos de 12 meses;
Até 90 dias após aborto ou parto normal e até 180 dias após cesariana;
Tatuagem ou acupuntura nos últimos 6 meses;
Exposição à situação de risco para a AIDS (múltiplos parceiros sexuais, ter parceiros usuários de drogas);Herpes labial;
Vacina Covid – Coronavac (Butantan) por 48 noras, Astrazeneca (FIOCRUZ) por 7 dias, Pfizer por 7 dias;
Covid-19: aguardar 10 dias após a melhora completa dos sintomas para doar. Pessoas que testaram positivo para a doença, sem ter apresentado sintomas, devem aguardar 10 dias após a coleta do exame. Pessoas que tiveram contato próximo com pacientes com Covid-19 durante o período de transmissão (primeiros 10 dias da doença), aguardar 7 dias após o último contato para doar. Após sintomas respiratórios associados à febre (temperatura axilar de 38°C), sem testagem para Covid-19, aguardar 14 dias para doar. Após sintomas respiratórios, na ausência de febre (temperatura axilar de 38°C), sem testagem para Covid-19, aguardar 10 dias para doar.
Impedimento definitivo
Doença de Chagas; Hepatite após os 11 anos de idade; ser portador dos vírus HIV (AIDS), HCV (Hepatite C), HBC (Hepatite B), HTLV; e uso de drogas injetáveis.
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul