O governo gaúcho lançou nesta semana um painel virtual de monitoramento da situação da primeira infância (0 a 6 anos) em todo o Rio Grande do Sul. Trata-se de uma plataforma destinada ao compartilhamento público de indicadores sobre o tema, por meio do site oficial primeirainfancia.rs.gov.br.
A ferramenta apresenta dados relevantes, divididos nas cinco dimensões do cuidado integral estabelecidas pela metodologia Nurturing Care (“cuidado integral”) do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef): segurança e proteção, saúde, nutrição, cuidados responsivos e aprendizagem.
Coube ao governador em exercício, Gabriel Souza, a apresentação da planilha durante evento no Palácio Piratini. Ele ressaltou:
“A primeira infância é nossa prioridade. Estamos entregando essa ferramenta que servirá como uma bússola na aplicação das políticas públicas para melhorar a vida das nossas crianças no Rio Grande do Sul. É uma plataforma inovadora no Brasil e que tornará possível avaliar quais as principais dificuldades de cada município e indicar quais são os lugares do Estado onde precisaremos investir ainda mais em determinada dimensão”.
Conforme o governo do Estado, a ferramenta tem entre seus objetivos auxiliar gestores estaduais e municipais a entenderem as principais necessidades das crianças de até 6 anos, ajudando a aprimorar as ações desenvolvidas para esse público. A plataforma servirá também para a construção e a definição das metas do Plano Estadual da Primeira Infância.
O eixo “saúde”, por exemplo, envolve dados sobre a incidência de sífilis congênita, mortalidade infantil e mortalidade neonatal. O eixo nutrição inclui indicadores como o estado nutricional das gestantes e o peso dos bebês ao nascer.
Para cada uma das cinco dimensões, são apresentados dois índices sintéticos, um de processo e outro de resultado, que buscam descrever a situação da primeira infância em cada um dos municípios. Os dados podem ser consultados por cidade ou de forma geral, englobando todo o Estado.
Os indicadores foram transformados em índices. Esses, por sua vez, aparecem classificados em cinco níveis: alto, médio alto, médio, médio baixo e baixo. O nível aponta inclusive a situação de cada município. O mapeamento utilizou diversas bases de dados atualizadas, como o CadÚnico, o Censo Demográfico e o Censo Escolar.
(Marcello Campos)
Créditos do texto/imagem: Jornal O Sul