De acordo com o delegado Pablo Soares, a polícia foi notificada por volta das 15h30 pelos funcionários do hospital, após a realização de exames que indicaram o quadro de violência, que levou a criança a entrar em coma.
A equipe do Hospital Conceição ainda aguardava a finalização do protocolo oficial, mas o indício era de morte encefálica. Inicialmente, a menina havia sido atendida no posto de saúde da Lomba do Pinheiro, com quadro de convulsão e, posteriormente, foi encaminhada ao Conceição, onde já entrou num quadro de ausência de impulsos cerebrais.
Os médicos constataram, após tomografia, lesão com hemorragia no cérebro. Um oftalmologista também identificou lesão na parte de trás da retina, com hematomas. “Isso é característico de movimento brusco com a cabeça, indica que a criança foi sacudida, ou movimentada com violência”, explicou o delegado.
“Havia lesões na orelha, nariz e boca. Além do braço quebrado. Somados, os ferimentos criam o indício de tentativa de homicídio e violência sexual“, acrescentou Soares.
Ele salientou que a criança estava desacompanhada no hospital após a internação e que o casal já tinha registros por violência doméstica e familiar. A mãe tem outros seis filhos, que chegaram a estar em situação de abrigo e só haviam voltado para a casa da família recentemente.
“Entramos em contato com o pais de forma discreta. Quando ele se aproximou do hospital, demos a voz de prisão”, descreveu o delegado. A mãe também foi detida. “Vamos buscar uma família extensiva, tia, avós e fazer o comunicado ao conselho tutela para que sejam abrigadas.”
Fonte: Correio do Povo.