O desaparecimento do jovem nordestino que veio trabalhar em Campo Bom completa 2 meses neste sábado (20). A última vez que Eules da Silva Santos, de 22 anos, fez contato com a família foi no dia 20 de fevereiro, quando falou com sua mãe por telefone. Depois, o paradeiro do jovem virou um mistério.
A família de Santos vive em Joaquim Pires, município que fica a cerca de 239 quilômetros de Teresina, capital do Piauí. A distância de cerca de 4.228,6 quilômetros para a cidade do Vale do Sinos e a falta de condições financeiras para vir ao Rio Grande do Sul são limitadores para intensificar a procura pelo jovem. Com isso, dependem apenas do trabalho de investigação da Polícia Civil.
O desaparecimento do jovem foi registrado pela família na Polícia piauense no dia 27 de fevereiro, quando fazia uma semana que não se tinha notícia ou contato com Santos. O delegado Rodrigo Camara afirma que o caso chegou à Delegacia de Polícia (DP) de Campo Bom, onde é o titular, apenas no mês de março. A data não foi informada.
Antônio Paulino da Silva Filho, tio da vítima, conta que esse período sem respostas está sendo difícil para a família, principalmente para a irmã, mãe do jovem desaparecido. “Ela queria saber notícia dele, [se] está vivo ou morto, para ela se acalmar, sabe, porque ela está sofrendo bastante.”
“Ela não está suportando mais essa dor, porque ela estava sofrendo, porque não é fácil para uma mãe ir dormir sem notícia do filho”, completa.
De acordo com a família de Santos, ele trabalhava na área da construção civil e há cerca de cinco anos viajava por diferentes estados. Nesse período, o jovem não voltou à cidade natal, mas seguia o contato por ligação telefônica ou chamada de vídeo.
A última pessoa com quem conversou foi a mãe, Leda Maria Nascimento da Silva, 40, no fim da tarde de 20 de fevereiro. Por volta das 17 horas, eles conversaram por telefone. O jovem teria mencionado que há cerca de um mês estava trabalhando em Campo Bom, no Vale do Sinos, como montador de uma obra. Ele morava com colegas de trabalho na cidade gaúcha.
Santos ainda teria dito à Leda que estava com viagem marcada para São Paulo. Então, ela enviou R$ 350 para ajudar com custos da passagem para o outro estado. Esse foi o último contato do jovem com a família.
Na época, a irmã dele, Camila Maria da Silva Santos, disse à reportagem que família falou com os colegas de trabalho que dividiam a moradia com Santos, porém, eles teriam se limitado a dizer que o desaparecido teria viajado para outra cidade. Conforme os parentes, o jovem dividia o espaço com três pessoas.
A irmã também relatou que parentes chegaram a falar com o superior de Santos na última empresa de construção que ele trabalhou antes de sumir. Porém, o homem teria dito “que não podia fazer nada, porque ele [Santos] já tinha saído da empresa”. A vítima teria sido desligada antes de desaparecer, segundo foi informado para Camila.
A reportagem tenta contato com a construtura, que tem sede em Santa Catarina. O espaço está disponível para manifestação.
O delegado Camara afirma que o jovem teria dito para um colega do trabalho que iria para São Paulo. De acordo com ele, a investigação tenta confirmar as informações. “Não descartamos nenhuma hipótese”, pontua.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.