Os preços do café arábica no Brasil registraram até abril um aumento de 12,8% e do café conilon 26,8% no mercado brasileiro, com a saca de 60 quilos sendo negociada por mais de R$ 1.000. A alta é influenciada pela valorização da commodity no mercado internacional e reflete escassez de oferta e consumo aquecido. Problemas climáticos em países produtores também contribuíram para a redução de estoques e o aumento da demanda pela bebida favorece o momento positivo de preços ao cafeicultor.
De acordo com o Escritório Carvalhaes, especializado em mercado de café, o consumo diário de café nos Estados Unidos é o maior em 20 anos. O Brasil, segundo maior consumidor mundial, registrou alta de 5% na demanda de café solúvel no primeiro trimestre deste ano.
Além do consumo aquecido, os problemas climáticos em países produtores importantes, como o Vietnã, contribuíram para o aumento da busca pelos cafés brasileiros. O avanço da demanda internacional levou ao crescimento das nossas exportações, com alta de 42% no primeiro trimestre de 2024 e 12 milhões de sacas de café embarcadas.
De acordo com o Rabobank, a alta dos preços do café e uma leve queda nos custos de produção com fertilizantes geraram a melhor relação de troca dos últimos 7 anos, ou seja, são necessárias menos sacas de café para comprar uma mesma quantidade de adubo. Com menor custo de produção e cotação em alta, o cafeicultor tende a desfrutar de melhores margens no campo.
Fonte: Jovem Pan
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