Kawara, que alega ter tido um relacionamento amoroso com o médico, foi atendida por ele em 2018 e, desde então, começou a persegui-lo incessantemente. Após ser bloqueada repetidamente, ela cadastrou mais de 2.000 números de telefone diferentes para continuar tentando contato.
Além das ligações e mensagens, Kawara enviava emails, seguia o médico na rua, ia até seu local de trabalho e sua casa. Ela fez ameaças contra a família do médico, inclusive contra seu filho, que tinha 8 anos na época.
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“As ameaças eram no sentido de que se ele não falasse com ela, Kawara ia falar que eles tinham um caso e destruir o casamento dele”, explicou a advogada do médico, Danielle Medeiros.
A defesa de Kawara, representada pelo advogado Jean Fillipe Alves da Rocha, sustenta que havia um relacionamento amoroso entre ela e o médico, respaldado por prints e testemunhos que, segundo ele, não foram devidamente considerados pela justiça. “Ele também vinha atrás dela, nutria nela a vontade, o desejo e a paixão de ainda viverem um relacionamento”, afirmou Rocha.
Kawara foi presa pela primeira vez em 2021 após denúncias de perseguição e coação contra o médico, iniciadas em 2019. Em janeiro de 2023, ela foi presa em flagrante por agredir a esposa do médico, arrancando-a do carro em frente à clínica do marido e roubando seu celular e a chave do carro. Ela foi solta após pagar fiança de R$ 3.600 e deveria cumprir medidas cautelares.
Em março de 2023, uma nova prisão foi decretada por descumprimento das medidas cautelares, mas Kawara estava foragida até ser presa em 2 de maio deste ano em uma universidade de Uberlândia, onde estudava nutrição.
A perseguição sistemática, conhecida como “stalking”, foi criminalizada no Brasil em abril de 2021. A lei prevê punição de seis meses a dois anos de reclusão e multa. A pena pode ser aumentada se o crime for cometido contra criança, adolescente, idoso ou mulher por razões de gênero.
Fonte: Portal Leouve.