A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Banco Central anunciaram, nesta quinta-feira (13), que o sistema de reembolso via Pix para vítimas de fraudes sofrerá alterações significativas. Batizado de MED 2.0, o desenvolvimento de melhorias para o Mecanismo Especial de Devolução (MED) está programado para ocorrer em 2024 e 2025, com implantação prevista para 2026.
Lançada em 2021, a ferramenta MED oferece às vítimas de estelionato e outros tipos de golpe a possibilidade de recuperar o dinheiro enviado via Pix para o fraudador. Atualmente, ao sofrer um golpe, o cliente tem até 80 dias para contatar a instituição financeira usada na transação. No entanto, a devolução do valor está condicionada ao saldo disponível na conta do criminoso, que frequentemente distribui o dinheiro entre outras contas para evitar a recuperação.
Com o MED 2.0, a ferramenta deverá aprofundar suas capacidades, rastreando e atingindo outras contas ligadas ao autor do golpe. Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, destaca que “a Febraban acredita que o MED 2.0 será um avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes, possibilitando também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”.
Segundo uma pesquisa da empresa de tecnologia Silverguard, apenas uma a cada dez vítimas consegue recuperar total ou parcialmente o valor perdido. Um dos desafios apontados é o desconhecimento da ferramenta, conhecida por apenas 10% da população. As melhorias previstas para o MED 2.0 visam não apenas aumentar a eficiência na recuperação de valores, mas também ampliar a divulgação e o uso do mecanismo entre os usuários.
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