Diariamente, Irene Oliveira, 50 anos, enfrenta o drama de sair do trabalho e levar três horas para chegar em casa no bairro Guajuviras. “Saio às 17 horas e chego às 20 horas, pois não vem ônibus ou está lotado. O que adianta ficar gratuito, se não tem veículo. Prefiro pagar”, diz. Ela chegou a tentar pegar um transporte de aplicativo, mas estava muito caro. “Imagina isso todo dia.”
Desde que parte do sistema da Trensurb ficou inoperante, a busca por meios de transporte para chegar ao trabalho virou um drama diário para muitos moradores do Município.
Para atender a vazão de pessoas que precisam chegar a Porto Alegre, a empresa Transcal opera ônibus intermunicipais, com o terminal na Estação Mathias Velho. A circulação do terminal para os bairros é feita pela Sogal, que atende linhas dentro do município.
Segundo relatos de moradores, os ônibus muitas vezes passam já lotados e muitas pessoas ficam para trás nas paradas.
De acordo com o Secretário de Transportes e Mobilidade de Canoas, Diego Cigolini, a Prefeitura está em diálogo constante com a Sogal para melhorar o atendimento do transporte coletivo. “Estamos reativando o corredor exclusivo de ônibus e vamos criar uma Central de Validação para as reclamações que a Sogal recebe”, afirma. Assim, a secretaria vai verificar a resolução das solicitações dos usuários.
O responsável pela pasta de transportes também prevê que nos próximos dias as oito linhas que ainda não circulam voltem às ruas. “Atualmente, temos 17 linhas no lado Leste e seis linhas no lado Oeste da cidade. Se possível, queremos retomar o restante até o final da semana”, diz Cigolini.
Linha Rio Branco atende parte do bairro Fátima
Na última semana, a linha de ônibus São Luis-Ulbra foi restabelecida pela Sogal. A São Luís é uma das três estações do Trensurb em operação em Canoas. A linha Rio Branco também passou por alterações: agora, atende parte da população que costumava utilizar a linha Fátima. Fazem parte dessa nova rota a rua Rui Barbosa, Avenida Engenheiro Irineu Carvalho Braga e a Rua Bartolomeu de Gusmão. Outra linha, a C1 – Circular dos Hospitais, retomou seu itinerário regular, a partir da Rua Humberto de Campos.
Circular de carro também ficou mais difícil após a enchente e engarrafamentos se tornaram mais comuns. “Tivemos um aumento de 60% de veículos transitando no lado leste da cidade. Temos colocado agentes de trânsito na manhã e final de tarde, junto de nova programação semafórica para melhorar o fluxo”, explica Diego Cigolini.
Créditos do texto/imagem: Portal ABC Mais.