Em coletiva na tarde desta segunda-feira (17) para anunciar recursos de reconstrução às áreas afetadas pela enchente, a prefeita Fatima Daudt falou também que o município estuda a contratação de um estudo para saber a atual situação do dique no bairro Santo Afonso e, então, definir que medidas tomar para melhorar sua estrutura.
Isso porque, de acordo com a procuradora de Novo Hamburgo, Fernanda Luft, a Prefeitura de São Leopoldo tinha até segunda-feira (17) para entregar um laudo da estabilidade do dique, que fica no limite entre as duas cidades. Contudo, segundo a prefeitura hamburguense, esse laudo não foi apresentado.
“O dique se rompeu no lado de São Leopoldo e para que fosse feita a reconstrução, São Leopoldo utilizou o caminho sobre o dique para o uso de caminhões pesados, o que pode ter comprometido sua estrutura porque ele não foi projetado para receber todo esse peso. Como não recebemos esse laudo, vamos ter uma reunião para definir se nós mesmos iremos contratar uma empresa para fazer esse laudo”, disse a prefeita pouco antes de se reunir com a procuradora Fernanda e o diretor de Esgoto Pluvial da secretaria de Obras, Ricardo Al-Alam.
Com o laudo em mãos é que a Prefeitura de Novo Hamburgo irá tomar decisões sobre o que deverá ser feito. “Saber como está a situação do dique, o que precisa ser feito, se ele vai precisar ser elevado, reconstruído ou se ele ainda mantém uma estabilidade depende desse laudo”, defende Fernanda.
Procurada, a Prefeitura de São Leopoldo não se manifestou sobre o assunto até o momento sobre o assunto. Na terça-feira passada (11), uma comitiva do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) fez uma vistoria para avaliar a situação dos diques e das Casas de Bombas de São Leopoldo. Na ocasião, o prefeito Ary Vanazzi informou que entre 30 e 40 dias dados seriam repassados ao governo federal para “iniciar um grande processo de reconstrução desses sistemas”.
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